411-2024-06

10 FROM THE TOP » FERNANDO DE RIZZO, TUPY Junho 2024 | AutoData Virada para o valor Fernando Cestari de Rizzo é engenheiro e diz ser apaixonado por máquinas e motores desde quando passeava na oficina mecânica que o avô Vicente tinha na Capital paulista. Ao longo de três décadas ele uniu o gosto pessoal à carreira, ao se tornar líder de um dos maiores fornecedores mundiais de blocos, cabeçotes e outros componentes de ferro fundido para os motores que tanto aprecia. Rizzo iniciou carreira na antiga Sofunge, a fundição de motores da Mercedes-Benz que a Tupy comprou em 1994. Assim ele está completando trinta anos na empresa que viu sair de dificuldades financeiras, nos anos 1990, para se transformar em uma das maiores multinacionais brasileiras do setor automotivo, que exporta 70% de sua produção das três fábricas no Brasil e tem unidades de produção no México e em Portugal, e segue vencendo acirradas concorrências internacionais para fornecer aos principais fabricantes de caminhões e de máquinas agrícolas e de construção. Após o saneamento financeiro Rizzo assumiu o comando como CEO da Tupy em 2018. Nestes seis anos o executivo lidera uma empresa que cresceu duas vezes e meia, com foco em agregar valor aos seus produtos, mais internacionalização e ampliação do escopo dos negócios por meio de duas aquisições importantes: da fundição Teksid, em 2021, e da fabricante de motores e geradores MWM, em 2022. Nesta conversa Rizzo conta como foi sua jornada e como quer continuar a agregar valor à Tupy. Este ano o senhor completa trinta anos na Tupy, desde 2018 como CEO. Na sua gestão a empresa aumentou seu tamanho em duas vezes e meia. Quais transformações testemunhou na empresa, que já tem 85 anos de história? Assim como outras grandes empresas brasileiras do setor, no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, a Tupy passou por dificuldades financeiras e teve de adotar uma nova agenda. Isso ocorre sob a liderança do Luiz Tarquínio Ferro, que foi o presidente durante quinze anos e liderou a transformação para colocar a companhia numa situação saudável. Novos acionistas se aproximam para resgatar a Tupy, porque era uma joia do Brasil. Principalmente Previ e BNDES tiveram papel fundamental para recuperar a companhia. Fizemos muita coisa nestes últimos seis anos, mas isso tem origem na construção que foi feita desde os fundadores, com investimento em pesquisa e desenvolvimento que nos garantiu vantagens competitivas. Mas nós participávamos de um setor muito fragmentado no mundo, com a penetração do alumínio [em carros de passeio] tirando o volume da indústria do ferro. Precisávamos migrar para uma nova base de clientes. Foi quando tomamos a importante decisão de nos afastar do negócio de carros de passeio. Entrevista a André Barros e Pedro Kutney Clique aqui para assistir à versão em videocast desta entrevista

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=