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75 AutoData | Maio 2024 O Kicks atual: único produto nacional da Nissan em Resende ganhará a companhia de mais dois modelos em 2025. 2000 com a instalação de sua primeira filial oficial no Brasil, que a partir de 2002 iniciou a produção da picape Frontier e do SUV Xterra em São José dos Pinhais, PR, no primeiro compartilhamento de uma fábrica da Aliança Renault Nissan, iniciada em 1999. Mais preocupada em resolver seus graves problemas financeiros e com operação já consolidada no México, a Nissan foi uma das poucas grandes fabricantes globais de veículos a não integrar o grupo das chamadas newcomers, que investiram perto de US$ 20 bilhões para construir novas fábricas e fazer novos carros no Brasil com os incentivos do Regime Automotivo, de 1995. Na impossibilidade de investir tanto quanto os rivais a Nissan aproveitou a sociedade com a Renault para produzir no Brasil, já com o apoio do executivo brasileiro-franco-libanês Carlos Ghosn, que então dirigia a empresa japonesa e, após salvá-la da falência e tornar-se presidente de ambas na Aliança Renault- -Nissan, decidiu que já era hora de a Nissan voar mais alto no mercado brasileiro. ÚNICA FORMA DE CRESCER No auge da segunda grande onda de investimentos de fabricantes de veículos no País, que no início da década de 2010 aportaram cerca de US$ 20 bilhões em fábricas e produtos, daquela vez, já recuperada e com recursos sobrando no caixa, a Nissan não perdeu a oportunidade: em 2011 Ghosn veio em pessoa anunciar um dos maiores aportes dedicados à construção de uma fábrica automotiva no Brasil, de R$ 2,6 bilhões, cerca de US$ 1,5 bilhão pelo valorizado câmbio da época. Visto por Ghosn como “única forma de fazer a Nissan crescer no Brasil”, os recursos do próprio caixa da empresa foram direcionados para erguer a planta de Resende, com capacidade para produzir 200 mil carros/ano, e nacionalizar seus primeiros modelos, o hatch March e o sedã Versa, além de motores flex 1.0 e 1.6. Assim, em 15 de abril de 2014, a Nissan inaugurou sua primeira linha de produção própria no Brasil e na América do Sul. Mas pode-se dizer que os planos de aumentar as vendas no País por meio da produção nacional deram apenas parcialmente certo. Apesar de ser uma das mais modernas fábricas do grupo japonês no mundo a unidade de Resende não conseguiu utilizar nem metade de sua capacidade produtiva na média dos últimos dez anos. RITMO LENTO Quando a fábrica começou a produzir o boom do mercado brasileiro, que chegou ao seu pico de quase 4 milhões de veículos em 2013, já havia passado. Mesmo após o início da produção nacional as vendas da Nissan caíram e só voltaram a crescer após 2017, com a nacionalização do SUV compacto Kicks, após novo investimento de R$ 750 milhões, que ajudou a empresa a atingir seu pico histórico no Brasil, de 97,5 mil veículos vendidos em 2018, quando terminou o ano na décima colocação dentre as marcas mais vendidas, com sua maior participação, de quase 4%. A pandemia quebrou o ritmo, a Nissan decidiu tirar de linha o March, em 2020, e o Versa no ano seguinte, ficando em produção nacional apenas um modelo,

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