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67 AutoData | Maio 2024 Argentina: produção do Peugeot 2008 é iniciada em El Palomar. A planta de Goiana, que tem capacidade para produzir 280 mil veículos por ano, já montou mais de 1,5 milhão de unidades desde a sua inauguração, em 2015, somando os SUVs Jeep Renegade, Compass e Commander e as picapes Fiat Toro e Ram Rampage, todos atualmente em produção na mesma linha. Os modelos produzidos em Pernambuco são os de maior valor agregado do grupo e, segundo Cappellano, deverão receber novas tecnologias, especialmente os mais recentes dispositivos de segurança ativa ADAS, sigla em inglês para sistemas avançados e assistência ao motorista, que inclui funcionalidades de direção semiautônoma. ESFORÇO POR FORNECEDORES O esforço nos próximos anos, de acordo com Cappellano, será tornar a operação de Pernambuco mais competitiva com a atração de mais fornecedores para a região. Hoje estão instaladas 38 empresas próximas à fábrica. A meta é chegar a, pelo menos, cem: “Nós buscamos criar as condições para que eles invistam e se instalem próximos à fábrica, mas a decisão é das empresas. De toda forma esta localização é fundamental para elevar a competitividade de Goiana”. A renovação dos incentivos fiscais do Regime Especial do Nordeste ajuda a reduzir a diferença de competitividade com relação às fábricas instaladas no Sul e no Sudeste, que têm décadas de tradição na produção automotiva e muitos fornecedores próximos. Cappellano avalia que a atração destes fornecedores para a região de Goiana será fundamental para subir degraus de competitividade da operação nordestina: “Temos até 2032 para reduzir este déficit”. O PLANO Cappellano falou mais sobre o plano Next Level, que conduzirá os investimentos do grupo na América do Sul nos próximos anos. Uma das suas principais preocupações tem relação com a acessibilidade de seus produtos pela população. Em outras palavras o carro precisa ser acessível, o que torna um problema a adoção de novas tecnologias de propulsão para reduzir emissões: “Um elétrico custa R$ 55 mil a mais do que seu equivalente a combustão. No caso do híbrido a diferença fica na casa dos R$ 25 mil”. De toda forma está nos planos da Stellantis tanto oferecer um veículo híbrido de entrada como produzir em sua operação brasileira modelos 100% elétricos: “Nos R$ 30 bilhões está contemplada a produção de um 100% elétrico até 2030. Mas o prazo pode mudar conforme o mercado se desenvolver. Temos de produzir modelos que caibam no bolso do brasileiro”. O presidente da Stellantis América do Sul afirma que, em breve, informará o destino dos R$ 17 bilhões restantes para investimentos no Brasil. Mas ele confirma que as outras fábricas brasileiras – Betim, MG, e Porto Real, RJ – também receberão aportes, assim como todas as marcas do grupo à venda: Fiat/Abarth, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram. Cappellano desconversa, porém, quando é questionado sobre a possível introdução de uma nova marca no mercado brasileiro – a Stellantis tem treze no mundo. No total o ciclo de investimentos prevê o lançamento de quarenta modelos, de 2025 a 2030, sobre quatro plataformas diferentes com oito sistemas de propulsão, incluindo uma variedade de motores a combustão, além de powertrains híbridos e elétricos.

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