63 AutoData | Maio 2024 assim o Brasil segue como maior produtor de aço da América Latina e oitavo do mundo, com 31 unidades industriais, de onze grupos empresariais, que produziram 31,8 milhões de toneladas de aço bruto em 2023, mas têm capacidade para 51 milhões de toneladas. “As importações de aço no Brasil representavam de 10% a 12% do mercado interno e, em 2023, saltaram para 22% a 25%”, aponta Miguel Homes, da Usiminas. “A taxação é uma boa notícia, é o reconhecimento do governo que o setor estava concorrendo com produtos abaixo do custo de produção. Agora analisaremos a situação para ver a eficácia da medida.” Homes afirma que a participação dos produtos importados não foi tão grande no fornecimento à indústria automotiva “porque é o cliente que demanda mais qualidade, padrões muito específicos e customizados”. Muitos setores industriais reclamam que, no Brasil, pagam pelo aço mais caro do mundo, algo em torno de US$ 890 por tonelada, 37% mais caro do que a média global que seria de US$ 703, por isto foram contra a taxação ao produto importado. Mauro André de Souza, da ArcelorMittal, rebate: “O preço do aço é definido por regras globais de mercado, influenciado por custos de matérias-primas, principalmente minério de ferro, carvão, ligas, sucata e outros insumos, além de câmbio, comportamento interno e externo dos mercados e custo de capital. A ArcelorMittal se posiciona a favor do livre mercado mas é contrária à concorrência predatória de produtos vendidos abaixo do preço de custo”. Segundo levantamento da Ternium, empresa que hoje detém o controle da Usiminas, no primeiro trimestre de 2024 o preço médio do aço do grupo vendido no Brasil alcançou US$ 1 mil 132 por tonelada, valor pouco menor do que o do México, de US$ 1 mil 150, e também abaixo da média global de US$ 1 mil 181: “Praticamos preços globais e investimos constantemente para agregar valor ao produto”, insiste Miguel Homes. “Por isto a indústria automotiva é nosso maior cliente e lideramos metade do fornecimento para este setor”. Laboratório da Usiminas: centro de pesquisa e desenvolvimento da siderúrgica registrou 536 patentes. Divulgação/Usiminas
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