62 Maio 2024 | AutoData SUPRIMENTOS » AÇO a divisão de aços especiais da Gerdau avalia que há espaço para crescer, após as retrações de consumo nos últimos anos. A empresa concluiu no ano passado investimentos que totalizam R$ 1 bilhão para aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos fornecidos a fabricantes de veículos e autopeças. O maior investimento, de R$ 700 milhões, foi aportado na usina de Pindamonhangaba, para a instalação de processo mais automatizado de lingotamento contínuo de blocos e tarugos de aço mais leve, resistente e limpo, para atender a demandas da indústria automotiva. Também em 2023 foram aplicados R$ 300 milhões em atualizações tecnológicas de aços especiais e a unidade de Charqueadas recebeu um novo forno de tratamento térmico, para produção de ligas de aço de alta complexidade, com eliminação de processos e aumento da competividade da planta. Também envolvida em descarbonizar seus processos a Gerdau informa que já tem uma das menores médias de emissões de gases de efeito estufa, de 860 kg de CO2 equivalente por tonelada de aço produzido, cerca de metade da média global do setor de 1,9 t de CO2e. A meta da empresa é reduzir sua pegada para 820 kg de CO2e até 2031. Colabora para isto o maior uso de sucata e a Gerdau é a maior recicladora de aço da América Latina. CONCORRÊNCIA CHINESA A indústria global de aço em todo o mundo está em briga aberta contra a concorrência considerada desleal das siderúrgicas chinesas, hoje responsáveis por mais da metade da produção. A acusação é que estas empresas estão escoando excedentes produtivos não utilizados na China e, com subsídios do governo, inundam o mundo com aço abaixo do custo de fabricação. Boa parte dos países da Europa e os Estados Unidos já levantaram barreiras tarifárias para proteger a indústria contra o aço chinês, impondo aumentos no imposto de importação. No Brasil a situação não é diferente e, em abril, o setor conseguiu que o governo elevasse a alíquota de onze produtos siderúrgicos importados de 10,8% para 25%, contudo permite cota de importação com a tarifa anterior para o volume médio importado de cada item de 2020 a 2022. A taxação acontece após crescimento de 50% nas importações de aço para o mercado brasileiro, em 2023 sobre 2022, para 5 milhões de toneladas, e nova expansão de 25% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado, somando 1,3 milhão de toneladas, segundo dados do Instituto Aço Brasil. Enquanto isso as usinas nacionais têm ociosidade que varia de 40% a 50%. Ainda Unidades de laminação de aço da Usiminas em Ipatinga Linha da Arcelor Mittal em Tubarão: fornecimento de aços planos para a indústria automotiva. Divulgação/Usiminas Divulgação/ArcelorMittal
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