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50 Maio 2024 | AutoData INDÚSTRIA AUTOMOTIVA » INTERNACIONALIZAÇÃO O crescimento não orgânico tem sido um fator importante na expansão da Randoncorp. Nos últimos cinco anos a companhia investiu quase R$ 1,5 bilhão em aquisições que dobraram as receitas. A Frasle, por exemplo, adquirida pela Randon em 1996, faz parte da vertical Controle de Movimentos, tem projetos para América do Norte, principalmente Estados Unidos e México, seguindo a tese de expandir o mercado de reposição em novas geografias. De acordo com a Randoncorp o objetivo da internacionalização é trazer ainda maior fortalecimento para os negócios por estar em geografias diferentes e, assim, reduzir a volatilidade dos diferentes mercados. E não falta diversificação de mercados: com a Frasle na conta a empresa tem operações industriais em nove países. GIGANTE CATARINENSE A WEG, fundada em 1961, com sede em Jaraguá do Sul, SC, é especializada em motores elétricos industriais mas diversificou seu foco para o setor automotivo com o crescimento da eletrificação, iniciando a produção estações de recarga, motores elétricos para veículos pesados e máquinas agrícolas e, também, baterias de lítio. É uma das maiores empresas de capital aberto do Brasil, que faturou R$ 32,5 bilhões em 2023. Depois de equipar com seus motores os caminhões Volkswagen e-Delivery e os ônibus elétricos da Eletra e da Marcopolo, mais recentemente a WEG anunciou o fornecimento de powertrain [motor e inversor] e bateria para os veículos montados pela Hitech Electric, no Paraná. A companhia iniciou seu processo de internacionalização em 1975, com a exportação de motores elétricos para a Argentina. Desde então a empresa vem expandindo sua presença global de forma gradual e planificada: exportação para mais de 130 países, filiais de produção, distribuição e vendas em mais de vinte países, aquisições de empresas no Exterior, como a austríaca E-Peppel e a estadunidense Marathon Motors, além de joint ventures com empresas locais na China e Índia. Após a Argentina a WEG se associou à alemã Jara, em 1976. Foi a partir de sua segunda operação formal na Europa, com a instalação de uma filial na Inglaterra, em 1996, que a empresa ganhou tração internacional, com novas filiais comerciais, aberturas e aquisições de fábricas. ENTRAVES Nos últimos trinta anos o Brasil vem passando por processo de desindustrialização que contrasta com o bom desempenho internacional de poucas empresas do setor automotivo nacional. A derrocada vem desde a abertura destrambelhada do mercado pelo governo Collor, nos anos 1990, quando as Joias da Coroa do setor de autopeças foram compradas por multinacionais, e mais recentemente enfrenta-se o crescimento da concorrência da China. Marcopolo na Colômbia: produção de carrocerias de ônibus na joint venture Superpolo. Marcopolo no México: mais de 35 mil ônibus encarroçados.

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