48 Maio 2024 | AutoData INDÚSTRIA AUTOMOTIVA » INTERNACIONALIZAÇÃO origem na Serra Gaúcha rodam nas estradas de mais de cem países. O México, onde tem uma planta de montagem, manteve o crescimento no segmento de ônibus rodoviários, com a introdução da linha G8 no país. A Austrália segue com uma boa carteira de pedidos: 108 unidades faturadas no primeiro trimestre e crescimento de 52% com relação aos últimos três meses de 2023. Na África do Sul a expectativa é de crescimento de vendas nos próximos meses. No primeiro trimestre deste ano a operação no continente africano faturou 87 unidades, aumento de 22,5% com relação ao mesmo trimestre do ano passado. Em 2023 a Marcopolo apresentou pela primeira vez na Europa um ônibus elétrico alimentado por células de hidrogênio, desenvolvido a partir da carroceria do modelo Audace 1050, produzida na China. A Sinosynergy fornece a parte central da tecnologia de células de combustível, incluindo as membranas e o acionamento. Já a Allenbus é responsável pelo chassi. Dentre as estratégias a Marcopolo amplia parcerias, inovação e tecnologia para oferecer soluções que podem ser aplicadas nos diversos mercados em que atua. Na América do Sul, por exemplo, a empresa tem operação na Colômbia, a Superpolo, joint venture com o Grupo Fanalca, na qual é responsável pelo fornecimento de veículos para a renovação de frota do sistema BRT Transmilenio da Capital, Bogotá. Na Austrália a Marcopolo controla a marca Volgren, responsável pelo fornecimento de cerca de 60% dos ônibus que rodam no país. Na China opera há 23 anos: no início transferia tecnologia para produção local de carrocerias de ônibus e desde 2005 produz peças, componentes e carrocerias desmontadas em CKD para a exportação para mercados da Ásia, África e Oceania. No México a Marcopolo já produziu mais de 37 mil unidades. O país é porta de entrada para o mercado estadunidense no segmento de fretamento. Por lá a companhia celebra 25 anos de mercado com a produção de um novo modelo 100% elétrico, com chassi BYD e carroceria Torino. SÓ PASSAGEM DE IDA Não foi só a Tupy que se reergueu após olhar para fora. As verticalizações e estratégias de novos negócios da Randoncorp – antiga Empresas Randon – ajudaram a companhia a sair da concordata, na década de 1980. Um executivo foi enviado à Argélia para fechar um contrato de venda de carretas. À época o fundador e diretor presidente Raul Anselmo Randon teria dito ao subordinado que ele só viajaria com a passagem de ida e a volta se efetivaria apenas se fechasse negócio. Dito e feito. Ele fechou um contrato para a venda de 713 carretas, US$ 11 milhões, e conquistou seu bilhete aéreo de volta. Sediada em Caxias do Sul, RS, a Randoncorp tem unidades espalhadas em quatro continentes, está presente em mais de 120 países e conta com mais de 16 mil funcionários. A empresa, que este ano completou 75 anos, investe na abertura de unidades no Exterior, em mercados da Europa e América do Norte. E mantém forte atuação na América Latina, além de participação relevante dos negócios em mercados da Ásia. É a principal exportadora brasileira de implementos rodoviários. Com a queda do mercado interno de caminhões, em 2023, as exportações e negócios no Exterior contribuíram para que a Randoncorp alcançasse o melhor EBTIDA [lucro antes de impostos, juros e depreciação de ativos] de sua história. Fábrica da Frasle Mobility no Alabama, Estados Unidos: uma das unidades do Grupo Randoncorp em nove países. Divulgação/Randoncorp
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