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44 Maio 2024 | AutoData INDÚSTRIA AUTOMOTIVA » INTERNACIONALIZAÇÃO Iochpe-Maxion cresce por lá. Foi onde a companhia iniciou seu processo de internacionalização, em 2008, com a produção de rodas de aço para veículos comerciais. E é lá que o grupo faz atualmente a escalada para rodas de alumínio. Este é o mesmo produto fabricado na Índia, de uma planta inaugurada em 2019, onde a companhia já atingiu volume de 2 milhões de rodas por ano. A estratégia é operar localmente mas o compartilhamento de experiências acontece nos centros de engenharia regionais que atendem a essas fábricas – há engenharias no Brasil, na Alemanha, Itália e Tailândia. A empresa promove o programa Maxion Team Awards, que reconhece os melhores projetos de todas as fábricas, focados em produtividade e sustentabilidade. “Na mais recente premiação, em abril, tivemos mais de setecentos projetos do mundo inteiro em categorias de excelência operacional, de sustentabilidade, de inovação, e selecionamos os quinze melhores de todo o mundo”, conta Oliveira. O executivo reconhece que “é um processo complexo, mas muito valioso. Temos a oportunidade de ver as melhores práticas em cada região e compartilhar na companhia toda. As equipes ganhadoras viajam para uma outra fábrica da empresa em outro lugar do mundo para compartilhar e levar experiências para o seu próprio país”. A Iochpe-Maxion constrói uma nova fábrica na Turquia, com início das operações em 2025: será a primeira de rodas de alumínio para veículos comerciais para atender ao mercado europeu. A companhia ainda faz uma expansão importante da fábrica de componentes estruturais no México, para atender ao mercado estadunidense de veículos comerciais. Ali a produção será elevada de 25% a 30%. De olho no médio e longo prazos a Iochpe-Maxion investe pouco mais de R$ 500 milhões por ano em novas fábricas, aumento de capacidade, melhoria de produtividade, questões regulatórias e projetos de sustentabilidade. ELETRIFICAÇÃO E OPORTUNIDADES O presidente da Iochpe-Maxion menciona novamente a Índia, país que tem tamanho de população similar ao da China mas que produz 5 milhões de veículos por ano. Nos próximos dez anos está previsto que a taxa de crescimento da Índia será a maior do setor automotivo no mundo. Por isto a multinacional brasileira já se coloca em posição bastante competitiva por lá. Ter um portfólio completo – de rodas de aço para veículos comerciais leves e máquinas agrícolas; rodas de alumínio para veículos leves e em breve para caminhões – não é suficiente. A Iochpe-Maxion, tanto em rodas como em componentes estruturais, enxerga as novas oportunidades com a eletrificação, incluindo veículos autônomos, e estuda a expansão do portfólio. A experiência internacional também ajuda a pensar no mercado brasileiro e em todo seu potencial, observa o executivo: “É um mercado importante e, por nós termos essa visibilidade, por estarmos acompanhando o que está acontecendo na China, na Europa e na América do Norte, com veículos elétricos e híbridos, sabemos das tendências, das necessidades dos nossos clientes em todos esses mercados e podemos adaptar essas necessidades para a realidade do Brasil. Temos aquela visão de que nós somos uma empresa global, mas nós temos de atuar de forma global e de forma local também”. Marcos de Oliveira, presidente do Grupo Iochpe-Maxion: 33 fábricas em catorze países. Divulgação/Iochpe-Maxion

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