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43 AutoData | Maio 2024 EUROPA ÁFRICA ÁSIA Mas há empresas que fizeram o caminho inverso, internacionalizaram suas operações com a compra de corporações no Exterior ou a localização de unidades próprias em outros países. Dentre as maiores multinacionais brasileiras do setor automotivo estão Tupy, Iochpe-Maxion, Marcopolo, Randoncorp e WEG. A Sabó também figurava nesta lista, teve operações nos Estados Unidos, Alemanha e China, mas em anos recentes desistiu de atuar no Exterior e voltou sua operação ao mercado brasileiro. RODAS DO BRASIL PARA O MUNDO Maior produtora de rodas automotivas do mundo, e de componentes estruturais para veículos comerciais nas Américas, a Iochpe-Maxion buscava, nos idos de 2004, alternativas para crescer. A ideia é que, embora seja um mercado importante, o Brasil é pequeno comparado ao resto do mundo, responsável por menos de 3% dos veículos produzidos. Então era importante, naquele momento, partir para fora do País. Marcos de Oliveira, executivo que trabalhou quase três décadas na Ford e foi seu presidente no Brasil, desde 2012 dirige as operações da Iochpe-Maxion, no Brasil e em ouros treze países onde a companhia tem fábricas. Ele conta como foi a transformação de uma empresa familiar com mais de cem anos de história em uma corporação multinacional: “Era muito claro que nós tínhamos que buscar caminhos para crescer em outras regiões, em outros mercados. Em 2008 a companhia construiu a sua primeira fábrica fora do Brasil, de rodas para veículos comerciais na China. Assim foi dado o primeiro passo”. A Iochpe-Maxion sempre exportou seletivamente, mas a internacionalização, com presença industrial em outros países, tornou-se uma estratégia que, hoje, soma 33 fábricas em catorze países, atendendo a clientes na América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia. “O plano da companhia é essencialmente produzir onde nós vendemos. O que nos dá, obviamente, a capacidade de entender a necessidade dos nossos clientes nos diferentes países onde operamos”, observa Oliveira. “Compramos matéria-prima ou utilizamos os recursos de cada região para atender aos clientes em cada região. Isso nos permite estar bem alinhados em termos da nossa estrutura de custos com o mercado onde estamos produzindo e vendendo.” Mais de 95% do faturamento externo da companhia não é de exportação do Brasil, mas das receitas geradas em cada um dos países onde a Iochpe-Maxion opera, sendo que o mercado brasileiro representa cerca de 30% do valor das vendas globais. Outra maneira de agir, conta Oliveira, é buscar mão-de-obra, lideranças e conhecimentos locais nas diferentes regiões. Em sua visão uma das características importantes de uma empresa brasileira e da sua liderança é respeitar as culturas nativas de onde estão as operações: “Procuramos ter indianos na Índia, chineses na China, brasileiros no Brasil, europeus na Europa e mexicanos no México, exatamente para conhecer todas as características em termos laborais, de necessidades dos clientes, aquisição de matéria-prima, tudo o que está muito relacionado a cada um desses mercados onde operamos”. MERCADOS EXPRESSIVOS De todos os mercados nos quais opera o presidente da Iochpe-Maxion indica que, do ponto de vista de volume de produção, os países mais importantes são Brasil, México, Turquia, República Tcheca e Índia. A China, por exemplo, maior mercado automotivo do mundo, com cerca de 25 milhões de veículos vendidos por ano, é um país que tem os seus próprios desafios, principalmente porque já tem base de fornecedores estabelecida. Ainda assim a

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