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35 AutoData | Maio 2024 setores industriais nacionais, foi a recriação do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que no governo anterior operou como uma secretaria do Ministério da Economia. Empresários e executivos reclamaram que, naquele período, além do nítido desprestígio a indústria perdeu interlocução no governo. Lula nomeou Geraldo Alckmin, seu vice-presidente, para ocupar o cargo de titular do MDIC – ainda que após ouvir alguns nãos, como o do presidente da Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Josué Gomes, filho de José Alencar, que fora vice-presidente de Lula nos seus primeiros dois mandatos. O ex-governador do Estado de São Paulo tem costurado boa interlocução com os industriais e, segundo relatos de executivos e empresas, compreende e trabalha a favor dos interesses do setor no governo. Prova dessa colaboração foi a criação do programa NIB, Nova Indústria Brasil, um conjunto de políticas e ações para as quais foram destinados nada menos do que R$ 300 bilhões do BNDES e outras fontes para financiar a neoindustrialização, no período 2024-2026. A política foi elaborada dentro do CNDI, Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, formado por Divulgação/VW representantes do governo, da iniciativa privada e de entidades de classe. MISSÕES AUTOMOTIVAS O NIB está estruturado em seis missões, definidas pelo CNDI como Norte da política industrial. Das seis ao menos cinco conversam com a indústria automotiva de alguma forma, direta ou indiretamente. Até mesmo o pilar que trata do desenvolvimento da indústria da saúde, embora não tenha o setor automotivo como ponto interessado, acaba beneficiando a cadeia pois serão necessárias ambulâncias para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde. “Setor automotivo não é só carro de passeio, envolve as montadoras e os fornecedores, caminhão e ônibus”, observa Igor Calvet, diretor executivo da Anfavea, entidade que reúne os fabricantes de veículos instalados no País. “E o NIB, ainda que indiretamente, gera impacto na indústria em eixos que não são especificamente destinados a ela, como a agricultura sustentável, na qual entra toda a cadeia das máquinas autopropulsadas.” Calvet se refere à Missão 1 do NIB, “cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais”: nela a óbvia participação da indústria automotiva é no fornecimento de Divulgação/MB

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