21 AutoData | Maio 2024 FABRICANTES OTIMISTAS Representantes dos fabricantes de caminhões, também conectados ao evento, concordaram que o crescimento do mercado este ano deverá rondar porcentuais de 10% a 15%. Alcides Cavalcanti, diretor executivo da Volvo Caminhões, é um dos mais otimistas: “Acredito que no primeiro semestre equilibraremos os pontos e contabilizaremos a expansão de 10% sobre o mesmo período do ano passado. O agro ainda não começou a comprar por causa das adversidades de clima e preços, mas acredito que o início das safras, principalmente de milho e soja, deve ajudar a impulsionar a demanda para fecharmos o ano com alta de 15%”. Alex Nucci, diretor de vendas da Scania Operações Comerciais Brasil, também aposta na recuperação mais acelerada do mercado até dezembro, com as vendas de sua empresa crescendo 15% sobre 2023, puxada pelo mercado brasileiro, diferentemente do que aconteceu em anos recente, pois o mercado europeu está em desaceleração, assim como outros da América Latina, com exceção do Brasil, por causa dos indicadores macroeconômicos mais otimistas, que apontam redução de juros. A Scania não trabalha com estoque mas está ampliando sua produção para atender à maior procura dos clientes brasileiros. No caso da Mercedes-Benz e da Volkswagen Caminhões e Ônibus a expectativa é um pouco diferente, porque ambas atuam em todos os segmentos e não estão focadas só nos pesados. Os segmentos de caminhões semileves, leves e médios sofrem mais para se recuperar por causa da restrição de crédito, que mesmo com sinais de melhora ainda é pedra no sapato dos clientes que operam com entregas urbanas. Assim Mercedes e VWCO projetam alta mais comedida de 10% em 2024. Sérgio Pugliese, diretor nacional de vendas de caminhões da VWCO, disse não enxergar dificuldade acentuada, mas reconheceu que existe, sim, maior dificuldade de acesso a financiamentos com a inadimplência ainda elevada e a maior restrição dos bancos. O apetite crescente das locadoras para atender as empresas que realizam entregas dentro das cidades foi citado como um ponto positivo e, mesmo que o segmento leve não cresça no mesmo ritmo dos extrapesados, deverá avançar na comparação com 2023. Jefferson Ferrarez, vice-presidente de vendas e marketing para caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, seguiu na mesma linha e ponderou que a empresa precisa acelerar sua produção para atender à retomada do mercado porque o que está sendo produzido agora será entregue ao cliente daqui a dois ou três meses e que, se requerer um implemento rodoviário
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