16 FROM THE TOP » EVANDRO MAGGIO, TOYOTA Maio 2024 | AutoData “ Nossos veículos têm 65% de conteúdo local e temos como filosofia tentar localizar o máximo possível. Localizar alguns componentes do sistema híbrido é fundamental para atingir o conteúdo local e alavancar nossas exportações na região, aumentar a competitividade e evitar riscos como variação cambial e da cadeia de fornecimento.” O Brasil tem um cenário único no mundo quando olhamos a diversidade de biocombustíveis, como biodiesel, HVO, hidrogênio, biometano e etanol. É uma riqueza de biocombustíveis muito grande e ao longo de anos o País conseguiu estabilidade de produção e preço, principalmente de etanol. Nossa visão é que haverá espaço para todas as tecnologias, mas o BEV, no Brasil, não deve ter participação tão expressiva quanto nos mercados do Norte, europeu e chinês. Países do Sul Global têm maior possibilidade de usar biocombustíveis. O Brasil já tem a tecnologia híbrida flex desenvolvida mas vemos também países como Índia, Indonésia e Tailândia muito interessados nessa alternativa. Desde 2022 a Toyota é a quarta marca mais vendida do País, mas em 2023 sobre 2022 o crescimento foi quase nulo, apenas 0,5%. Este ano a evolução em torno de 5% até abril também está abaixo da média do mercado, que cresceu 17% no período. Por que o desempenho comercial da Toyota não acompanha a expansão do mercado? O mercado brasileiro tem mudado bastante, com penetração de outras marcas. Mesmo nesse cenário a Toyota tem mantido seu market share. O fator que vai nos possibilitar crescer mais é a ampliação da linha de produtos, mas isso demora tempo de desenvolvimento. Hoje a Toyota tem participação consolidada nos segmentos nos quais atua, com volumes bastante assegurados, então não tivemos perda de volume e esperamos que com os nossos novos produtos conseguiremos ampliar um pouco mais os volumes. Depois de muitos anos o sedã Corolla deixou de ser o Toyota mais vendido do Brasil, posto que passou a ser ocupado pela picape Hilux, que já era o veículo mais vendido da marca na América Latina. A picape média custa mais de R$ 200 mil e pode chegar a R$ 335 mil. Por que um modelo tão caro é o mais vendido da Toyota? A Hilux é realmente um fenômeno, por causa do que chamamos de QDR, qualidade, durabilidade e robustez, que garante lealdade de compra. É normal um cliente que compra três, quatro ou
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=