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17 AutoData | Abril 2024 por várias razões: a primeira é por uma questão de competitividade mas também para uma gestão da volatilidade que sempre acontece, como flutuações da moeda, por exemplo. Então é fundamental para nós trazer à região os nossos fornecimentos, mas não só de peças, também de competências. Um dos esforços que a Stellantis faz, e temos planos para reforçar ainda mais isso, é trazer tecnologias e conhecimento às operações. Temos um centro de engenharia em Minas Gerais e também em Pernambuco, que está crescendo. Hoje desenvolvemos projetos não somente para a América do Sul, mas também para outras regiões. Este é um elemento fundamental de competitividade. Localizar competências, assim como localizar fornecedores e localizar tecnologias, é uma das chaves estratégicas para o futuro da Stellantis. Como está a situação das operações na Argentina? O país também receberá investimentos? Comunicamos também um investimento para a Argentina na casa de R$ 2 bilhões, proporcional ao tamanho e capacidade produtiva do país. A situação neste momento é complicada, porque o mercado caiu muito. No curto prazo isto tem um peso, mas continuamos apostando na capacidade de recuperação e no crescimento da Argentina. A Stellantis lidera com sobras as vendas na América do Sul, com market share de 23,5% em 2023. É a maior participação que a companhia tem no mundo todo. Será possível manter essa liderança tão folgada na região daqui para frente? Meu desafio pessoal e o da Stellantis na América do Sul é manter e possivelmente reforçar essa liderança. O grupo acredita muito na região e aposta no seu crescimento. O Grupo Stellantis vem apresentando resultados muito consistentes e a América do Sul acompanha este desempenho. Em 2023 a subsidiária apurou lucro operacional de € 2,4 bilhões, um aumento de 16% sobre 2022, com margem de 14,8%, que é 2 pontos maior do que a margem média do grupo no mundo. E apesar de ser uma região de baixa renda, o lucro operacional médio por veículo vendido aqui é até maior do que na Europa. A quais fatores o senhor atribui estes bons resultados na América do Sul e o que precisa ser feito para mantê-los assim? O Grupo Stellantis tem enraizamento muito forte, a fusão criou sinergias. O ponto fundamental [para seguir com sucesso] é investir no Brasil atendendo à demanda dos consumidores. Nós temos carros feitos por brasileiros para o mercado brasileiro. Essa é a chave do sucesso, que acreditamos ser a nossa força. Pertencer a um grupo como o Stellantis, com presença global forte, oferece muitas oportunidades em termos de plataformas, tecnologias e competências. A gente tenta juntar as coisas, aproveitar as competências que existem no grupo e adaptar este conhecimento e plataformas ao nosso mercado. É fundamental trabalhar na competitividade e na acessibilidade dos consumidores aos nossos produtos. Essa com certeza é uma prioridade para poder manter a relevância de market share e de sustentabilidade financeira que temos na região.

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