81 AutoData | Março 2024 Alckmin foi a Sorocaba para anúncio oficial do investimento: mais R$ 11 bilhões para a conta do MDIC. quase um ano, para financiar a produção local do Yaris Cross, que começará no fim deste ano com chegada ao mercado prevista para o início de 2025. O outro modelo, embora a montadora diga que o modelo desenvolvido especialmente para o País “será revelado oportunamente”, é uma picape média-compacta com produção prevista para 2027, para fazer frente a concorrentes como Fiat Toro, Chevrolet Montana e Renault Oroch, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região informou em primeira mão à Agência AutoData. FOCO NA ELETRIFICAÇÃO O plano da Toyota é focar em veículos eletrificados. Por isto o investimento inclui o aumento do processo de localização do sistema de tração híbrido flex, hoje importado da matriz no Japão para equipar as versões híbridas do Corolla e do Corolla Cross, lançados no Brasil em 2019 e 2021. A partir de 2025 a intenção é montar o sistema na fábrica de motores de Porto Feliz e, a partir de 2026, existe a previsão da montagem de baterias em Sorocaba, para equipar os veículos híbridos fabricados no Brasil, o que pode incluir uma versão plug- -in, já em testes – este tipo de eletrificação permite a recarga da bateria pelo motor e pela rede elétrica, o que garante maior autonomia com tração 100% elétrica. FIM EM INDAIATUBA Como parte significativa do investimento será aplicada na ampliação da fábrica de Sorocaba, para concentrar lá toda a produção de veículos da empresa no Brasil, a unidade de Indaiatuba fechará as portas, conforme confirmou a empresa em comunicado, no início de março: “Para efetivar essa significativa expansão será necessário construir novas instalações no local, para as quais serão transferidas as operações produtivas de Indaiatuba. Isto ocorrerá de forma gradual, a partir de meados de 2025, com conclusão prevista para o fim de 2026”. A intenção, garante a Toyota, é que 100% dos trabalhadores sejam transferiDivulgação/Valdenio Vieira/SEAUD dos para Sorocaba, distante de Indaiatuba cerca de uma hora e meia: “Ao fim deste processo teremos um saldo positivo de quinhentos empregos gerados até 2026, e de 2 mil postos de trabalho até 2030, além de 8 mil postos indiretos de trabalho gerados a partir do investimento”. Hoje, em Indaiatuba, trabalham em torno de 2 mil pessoas. Ou seja: considerando a possibilidade de todos serem transferidos haverá, na realidade, uma realocação dos empregados sem a geração de novos postos de trabalho. Mesmo assim o presidente do sindicato de Sorocaba, Leandro Soares, apoiou o efeito em cadeia, uma vez que a cada emprego em montadora são gerados até sete indiretos, com potencial de 10 mil a 14 mil empregos na cadeia produtiva, sendo que somente nas sistemistas instaladas ao lado da planta são 6 mil profissionais. De acordo com Soares a Toyota já está discutindo a questão com os empregados: “Está em processo de negociação a possibilidade de eles virem para Sorocaba”. O sindicalista disse que caberá ao sindicato local assegurar que esses trabalhadores sejam beneficiados com essa transferência, “acima de tudo mantendo seus postos, seus direitos e seus benefícios, assim como aconteceu quando foi comunicada a transferência das atividades de São Bernardo do Campo para Sorocaba”.
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