69 AutoData | Fevereiro 2024 gética, e dado uma perspectiva diferente à indústria dos combustíveis fósseis”. TECNOLOGIAS DE CCS A mais tradicional forma de captura e armazenamento normalmente coleta separa o CO2 das emissões de chaminés e da própria produção de petróleo de outros gases. O gás é então transportado para um local de armazenamento e enterrado permanentemente, geralmente injetado em poços de petróleo e gás já esgotados, ou em áreas subterrâneas com formações rochosas vulcânicas, porosas, que absorvem o gás. CCS não é exatamente um processo novo, tem sido utilizado comercialmente desde a década de 1970 pela indústria do petróleo, mas não por motivação ambiental, mas principalmente para extrair mais petróleo de campos em atividade. O dióxido de carbono que é produzido na extração é reinjetado comprimido no poço para expulsar o óleo fóssil. Mas existem outras tecnologias, como a captação direta do CO2 da atmosfera. O gás de efeito estufa é separado do ar por catalisadores e, depois, armazenado ou enterrado. O problema é que este é um processo extremamente caro, algo como US$ 500 por litro. Outra técnica de CCS, bem mais barata e com impacto direto no Brasil, é o enterramento de CO2 no processo de produção de biocombustíveis, chamado de BECCS, Bioenergy Energy with Carbon Capture and Storage. Ao fim da transformação de vegetais, como cana ou milho, em etanol ou biometano existe liberação de CO2 com alto grau de pureza na atmosfera. Este gás pode ser capturado antes de ser dispersado, separado de outros gases e comprimido para ser transportado até o local de injeção para armazenamento permanente em formações geológicas profundas – muitas usinas de etanol no País já estão em cima de formações rochosas vulcânicas, locais propícios para fazer este enterro dentro da própria planta. Além do enterramento poderá haver, mais adiante, outro uso para o CO2 puro e barato produzido por usinas de etanol: a produção de fertilizantes e combustíveis sintéticos. Para isto é necessário combinar o CO2 capturado com hidrogênio verde, produzido por eletrólise da água com energia limpa, eólica ou solar. A combinação dos dois elementos químicos em VectorMine/shutterstock
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