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64 Dezembro 2023 | AutoData INDÚSTRIA » AUTOPEÇAS fabricantes mundiais de veículos, principalmente se considerado nosso papel no mercado latino-americano. Porém temos de lidar com entraves à nossa competitividade da porta para fora da indústria”. O dirigente elenca os problemas: necessidade de reformas estruturais, como a tributária, redução do custo Brasil, como da burocracia, falta de segurança jurídica e patrimonial, linhas de financiamento em condições inadequadas e falta de eficiência na infraestrutura logística. “Precisamos acabar com esses entraves à competitividade para podermos concorrer, em condições de igualdade, com os fabricantes lá de fora. Da porta para dentro das fábricas estamos em patamar semelhante ao de outros players. Até porque todos os grandes fabricantes mundiais de autopeças estão também instalados no Brasil.” Sahad também destaca a importância das pequenas e médias empresas do setor, que representam cerca de dois terços dos atuais 506 associados ao Sindipeças e são responsáveis por fornecer componentes e insumos que as grandes corporações não fazem, mas que são essenciais para a produção na longa cadeia produtiva do setor automotivo. INVESTIMENTO BAIXO Apesar das inquestionáveis evoluções na rica parte de cima da cadeia automotiva no Brasil ainda há muito a evoluir na base desta pirâmide, formado por empresas que produzem itens básicos de baixa rentabilidade, expressando a figura de um “gigante com frágeis pés de barro”, como costumava denominar o setor Paulo Butori, o mais longevo presidente do Sindipeças que ficou por 23 anos à frente da associação, de 1994 a 2017. O diagnóstico dessa fragilidade pode ser apurado sem disfarces no baixo nível de investimento do setor, muito abaixo das montadoras. Segundo estima o Sindipeças este ano o conjunto das empresas de autopeças no País investirá o total de R$ 5,8 bilhões, ou menos de 2,5% do faturamento do setor, projetado em R$ 238,2 bilhões em 2023. Divulgação/ZF

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