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40 Dezembro 2023 | AutoData EVENTO » CONGRESSO AUTODATA TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS 2024 Alcides Cavalcanti, diretor de operações da Volvo Caminhões, não arriscou um número nem um índice: “Ainda não temos uma visão clara do que será 2024, mas existem alguns fatores positivos. Primeiro é a agricultura que está apontando um ano forte, apesar do El Niño com muita chuva que está afetando o Rio Grande do Sul. Mas, no geral, a previsão é que o ano seja um pouco melhor na produção”. Da mesma forma Roberto Leoncini, vice-presidente de marketing, vendas e serviços da Mercedes-Benz, evitou projetar índices. Mas afirmou que a sua aposta é que o mercado fique maior do que este ano, que deve fechar com o emplacamento de 94 mil a 97 mil caminhões. Alouche, da VWCO, não se esqueceu do mercado de ônibus: “Estimamos que, numa visão conservadora, o segmento de ônibus ficará no mesmo patamar deste ano, que terá incremento em mais de 13%”, lembrando que governo federal fez a licitação do Caminho da Escola, que resultará na compra de mais de 16 mil ônibus escolares, dos quais 5,6 mil já encomendados à VWCO, e que grande parte da entrega ocorrerá em 2024. MOTORES DA PRODUÇÃO Os fabricantes de motores diesel também esperam crescimento: “Houve um represamento grande que acabou impactando a venda do caminhão zero- -quilômetro este ano”, disse José Eduardo Luzzi, presidente da MWM. “Em 2024, já sem o estoque de passagem, estimamos aumento da produção de caminhões em 15% e, de ônibus, em 10%”. Para Adriano Rishi, presidente da Cummins, a perspectiva é de incremento de 15%, “mas é preciso lembrar que, como tivemos queda muito grande, a base é debilitada. Fica fácil crescer depois desse tombo, mas ainda não voltamos para a base de 2022”. Amauri Parizoto, diretor de vendas e mercado aberto da FPT Industrial, tem expectativa mais comedida: “Acreditamos que haverá aumento de um e não de dois dígitos, como é aguardado para os veículos pesados, porque nem todo portfólio tem motor FPT. Nós participamos de alguns segmentos, em algumas aplicações. Vemos alguma montadora anunciar que expandirá o mercado de exportação, mas nem sempre o motor FPT está adequado a essa aplicação. Talvez precisemos de mais um ano a um ano e meio para adequar esse produto”. PARA MOVER O ROTA 2030 Muito foi falado, também, da prometida segunda fase do Rota 2030, que já deveria estar em marcha no período 2023-2027 com novas metas e incentivos à indústria Ricardo Alouche, VWCO Christopher Podgorski, Scania América Latina

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