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13 AutoData | Dezembro 2023 o cargo impõe. Eu estava trabalhando para aquilo mas no momento que chegou foi inesperado. Ainda bem que deu certo e sou muito feliz por isto. Em 2021, com a fusão dos grupos PSA e FCA que criou a Stellantis, o senhor seguiu na direção da companhia na América do Sul. Foi uma grande mudança ou apenas continuou a fazer o que fazia desde 2018? Foi uma grande mudança. Carlos Tavares [atual CEO global do Grupo Stellantis] algumas semanas antes [da conclusão da fusão FCA-PSA] me chamou e disse que eu me preparasse, porque ele tinha decidido me manter na presidência [América do Sul]. Logo descobri que a responsabilidade da minha missão seria ainda maior. Passamos de duas fábricas de veículos [da FCA] no Brasil [Betim, MG, e Goiana, PE] e uma na Argentina [Córdoba] para o dobro disso, com mais uma planta brasileira [Porto Real, RJ], outra argentina [El Palomar] e uma parceria no Uruguai [montagem de utilitários Peugeot e Citroën na Nordex]. Além disso foram agregadas pessoas ao grupo com a necessidade de integrar rapidamente as equipes para formar na Stellantis uma cultura regional única, identificar de imediato as sinergias possíveis, e algumas ainda estão acontecendo como, por exemplo, o uso dos motores da Fiat nos carros Peugeot e Citroën que eram da PSA. Também promovemos a integração das redes de concessionários e de fornecedores. Então tudo mudou muito, dobrou a responsabilidade assim como dobraram as oportunidades de melhorias e sinergias. Sul: tive a sorte de liderar o processo de fusão da FCA com a PSA na região, com uma equipe que foi responsável pelo sucesso da companhia, aproveitando as muitas oportunidades de melhorias desta união. Mas uma coisa não posso deixar de enfatizar: o que fiz foi liderar uma equipe, então todos estes marcos na minha carreira eu devo a um time espetacular que tive oportunidade de estar à frente. Depois de passar por vários cargos executivos nas áreas de compras e manufatura no Brasil e na Argentina estava no seu horizonte ser escolhido presidente da FCA Latam, em 2018? Era uma ambição poder ter uma honra tão grande, trabalhava por aquilo, mas havia muitos candidatos qualificados concorrendo, sabia que a corrida era cheia de corredores muito bons. O dia em que o antigo CEO da FCA Sergio Marchionne comunicou [a promoção] não era algo claramente esperado mas foi uma grande alegria. Imediatamente pensei na enorme responsabilidade que “ O investimento no Brasil foi forte, R$ 16 bilhões, mas o retorno foi bem adequado, o que nos coloca em excelente posição para confirmar um novo plano de investimento ainda mais ambicioso.”

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