12 FROM THE TOP » ANTONIO FILOSA, STELLANTIS/JEEP Dezembro 2023 | AutoData e para minha família, mas isto abriu uma pequena e já grande saudade. Por isto fico muito feliz de ter no Brasil um mercado extremamente estratégico para a Jeep, porque assim posso visitar com muita frequência. Quais foram os grandes marcos de sua carreira até agora? O primeiro foi em 2005 quando aceitei ir para o Brasil, para um projeto de no máximo seis meses que se multiplicaram muitas vezes. Naquela época estava voltando de Chicago, nos Estados Unidos, para a Itália e estava me organizando para ficar lá. Aí veio o convite, aceitei, foi uma decisão acertada. O segundo marco foi antes de ser presidente, o que mais marcou minha carreira, a construção da fábrica de Pernambuco. Fui responsável pelo projeto de montar o parque de fornecedores com as primeiras dezessete empresas. Aquilo foi incrível para a indústria automotiva brasileira e para minha vida profissional, pois é algo histórico, espetacular o que fizemos lá e continuamos fazendo. O terceiro grande marco foi ter sido o primeiro presidente da Stellantis na América do “ Queremos fazer do Brasil um polo de sucesso para a globalização crescente da Jeep, não só por ser minha segunda casa, ou a primeira, mas também porque é a segunda casa da Jeep no mundo, e como tal receberá investimentos em novos produtos, tecnologias e ampliação da capacidade.” Dos quase 25 anos de carreira no Grupo Fiat, depois FCA e agora Stellantis, foram dezoito anos passados na operação sul- -americana, principalmente no Brasil e em Minas Gerais, por isto diz que se considera um brasileiro-mineiro. O que pensou quando foi indicado a assumir a direção global da Jeep e deixar o que chama de sua casa? Não nasci duas vezes mas sem dúvida o Brasil é meu país de adoção e acabou sendo minha verdadeira casa: tenho uma esposa mineira e dois filhos que nasceram no Estado. Então o único não- -mineiro da família sou eu, mas tentei corrigir isso quando fui agraciado com o título de cidadão honorário de Minas Gerais, talvez o título que mais me enche de orgulho. O Brasil tornou-se minha casa, não é mais a Itália, onde tenho minha mãe e parte da família, tenho um monte de memórias de criança, mas foi no Brasil que me formei como homem e profissional, e por isto sempre voltarei até poder ficar para sempre. Quando recebi o convite para liderar a Jeep e me mudar para os Estados Unidos aceitei com enorme prazer, porque é uma oportunidade ímpar para minha carreira
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