405-2023-11

67 AutoData | Novembro 2023 Divulgação/Ford Na pista de testes da Ford em Tatuí, SP, foi possível verificar que este, sim, é um esportivo puro-sangue elétrico, diferente de alguns modelos chineses que ainda não conseguem reproduzir a mesma dinâmica veicular porque saem de frente nas acelerações, são instáveis em diversas situações e, mesmo tendo grande potência e torque, não oferecem o prazer ao dirigir esportivamente. Depois de conduzir diversos destes carros é possível dizer que até mesmo alguns elétricos dos fabricantes mais tradicionais, com projetos de carroceria a partir de modelos a combustão interna, não são capazes de oferecer esta dirigibilidade tão esportiva. Mas aqui vai um segredo do Mach E: a distribuição praticamente igual de peso na dianteira e a na traseira é um dos fatores que contribuem para seu sólido comportamento, e temperamento, esportivo. A bateria da versão GT Performance AWD Extended Range tem capacidade de 91 kWh e garante autonomia de 379 quilômetros no padrão do Inmetro, ou 541 km pelo método WLTP, segundo medições divulgadas pela Ford. Em tempo: a velocidade máxima de 200 km/h está limitada eletronicamente e é claro que com acelerações tão altas a bateria não dura tanto. É o velho dilema de esportivos elétricos: aceleram muiiiito mas não por muito tempo. Outro ponto importante no desenvolvimento do primeiro esportivo elétrico da Ford é que foram utilizados materiais especiais em pontos selecionados da carroceria, incluindo aços avançados de alta resistência nas estruturas e painéis, alumínio no capô e peças de termoplástico e fibra polipropileno na traseira. A carroceria leve e bem amarrada, com pesos bem distribuídos, garante a estabilidade em curvas de alta velocidade. Também contribui para isto a aerodinâmica apurada, a bateria instalada no assoalho para reduzir o centro de gravidade e o conjunto de suspensão independente, do tipo MacPherson na dianteira e multilink na traseira, com amortecedores adaptativos MagneRide. nidenses desejavam um carro mais moderno do que os sisudos sedãs dos anos 1960. Já o Mach E representa a transição para a mobilidade limpa e tecnológica. Justamente por isto o Mustang elétrico se distancia, e muito, da proposta inicial. No Brasil a Ford importa a versão mais completa do Mach E, a GT Performance AWD Extended Range, que começou a ser vendida por R$ 486 mil. Como elétricos estão isentos de imposto de importação este Mustang ficou mais barato do que o V8, que custa R$ 576,5 mil. Nos Estados Unidos ele já é o segundo modelo elétrico mais vendido mas, por aqui, a ideia é outra. Segundo Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford América do Sul, o Mach E é tão versátil em sua proposta que poderá competir pelos potenciais compradores de SUVs premium eletrificados como o Volvo XC40 Recharge e BMW iX3, ou ainda os superesportivos Audi e-tron GT e Porsche Taycan: “Não teremos grandes volumes mas queremos ter uma boa participação nesses dois segmentos”. PURO-SANGUE ELETRIFICADO São dois motores elétricos, um em cada eixo, que combinam 487 cv de potência e o impressionante torque de 87,7 kgfm. Por isto o Mach E acelera com segurança de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos. Sua dinâmica veicular é excepcional.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=