64 Novembro 2023 | AutoData LANÇAMENTO » HONDA lerações mais fortes, esta configuração de powertrain não permite comportamento esportivo. O carro é lento nas retomadas e demora para elevar a rotação quando o motorista pisa com vontade no acelerador. Não é só na posição de dirigir mais elevada que o ZR-V não traz o DNA do Civic. O comportamento dinâmico, mesmo com um motor aspirado 11 cavalos mais potente, não é capaz de reproduzir a esportividade ao dirigir que tornou famoso o sedã ex-nacional. Por tudo isto os órfãos da décima geração do Civic talvez não encontrem no ZR-V aquilo que a Honda quer oferecer. VISUAL ATRAENTE O visual pode ser um atributo que agrade novos e antigos clientes da marca. Realmente o ZR-V é muito mais bonito ao vivo do que nas fotos. As linhas discretas na lateral conferem um porte diferente dos SUVs da Honda que rodam por aqui. Seu design é sóbrio e elegante. Os faróis e as lanternas traseiras são elementos mais autorais e que conformam um visual interessante ao modelo. O interior não foge muito do que já é tradicional neste segmento: quadro de instrumentos analógico com uma telinha de TFT no centro, algo que tende a ser substituído pelos clusters digitais, acompanhado do sistema multimídia tradicional com tela de 9 polegadas, volante com múltiplas funções e saídas de ar no painel com desenho de colmeia bem interessantes. A Honda ressalta tecnologia aplicada nos bancos, que oferecem conforto extra para os ocupantes, sobretudo o motorista. Mas não deu tempo de verificar se faz ou não diferença. Nas mais de duas horas ao volante do ZR-V a sensação de conforto foi a mesma de dirigir por nove horas um Jeep Compass. A competição neste segmento em que reina o Compass – com muitas versões e preços – está cada vez mais acirrada e chama a atenção o apetite da Honda em estar dentre os líderes com o seu ZR-V. Segundo Diego Fernandes está garantido o fornecimento do México das unidades necessárias para atender o mercado brasileiro. O diretor comercial estima que clientes do HR-V, mesmo na sua versão mais sofisticada, com motor turbo, não devem migrar para o ZR-V. Da mesma forma ele também vê poucas possibilidades que potenciais clientes do maior SUV da Honda, o CR-V, que volta ao Brasil a partir de janeiro próximo, também venham a desejar o novo SUV mexicano: “Não vamos mexer nos preços dos outros produtos para acomodar o ZR-V porque entendemos que são propostas e clientes um tanto diferentes”.
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