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6 LENTES Novembro 2023 | AutoData MOBILIDADE SOCIAL A plataforma de cupons de descontos Cupom Válido utilizou dados da OCDE a respeito de mobilidade social para elaborar estudo próprio envolvendo nove países. E o Brasil, claro, só não ganha de lavada da Colômbia, que requer onze gerações para que uma família ascenda da classe baixa para a classe média. Aqui na terra requeremos nove gerações. De acordo com o estudo no caso do Brasil a escada da hierarquia social é representada por cinco subgrupos que refletem sua renda mensal domiciliar: a classe A tem renda superior a R$ 22 mil, a classe B tem renda de R$ 7,1 mil a R$ 22 mil, a classe C de R$ 2,9 mil a 7,1 mil e a renda das classes D e E não ultrapassa os R$ 2,9 mil. Curiosidades: a classe A brasileira envolve 2,8% e as B e C 13,2% e 33,3% do total da população. Mais curiosidade?: 50,7% da população integram as classes C e D. MOBILIDADE SOCIAL 2 Mobilidade social é expressão que faz referência à mudança de posição das famílias no longo corredor da hierarquia social ao passar dos anos. Uma das maneiras de medi-la é tentar quantificar o número de gerações gastas por uma família para obter renda e conseguir ascender da classe baixa à classe média. Sim: as classes, como já vimos, são a baixa, D e E, a média, C e B, e a alta, A. De acordo com este estudo o Brasil está no terceiro patamar por requerer nove gerações para que a ascensão aconteça, ou o dobro da média mundial, 4,5 gerações. Como bem aponta o press release “a dificuldade em alcançar a mobilidade social é uma realidade em todas as classes sociais mas é particularmente agravada na classe baixa”: seus filhos têm maior probabilidade de frequentar escolas com baixa qualidade de ensino. E “a falta de uma educação adequada limita severamente as oportunidades desses jovens no mercado de trabalho, resultando em empregos mal remunerados com poucas oportunidades de crescimento salarial o que, por sua vez, contribui para a perpetuação do ciclo de pobreza.” MOBILIDADE SOCIAL 3 O ranking aferido pelo cupomvalido.com.br é o seguinte: Colômbia, onze gerações, Brasil, nove, África do Sul, nove, Índia, sete, China, sete, Hungria, sete, Argentina, seis, Chile, seis, Alemanha, seis. XORORÔ EM PÚBLICO Os interesses das empresas fabricantes de veículos não são iguais o tempo todo, têm dinâmica própria em função de seus próprios planos de negócios que, de maneira contemporânea, são muito mais conhecidos como estratégias, muitas várias estratégias de deixar Von Clausewitz boquiaberto: veículos de passeio e veículos comerciais, mercado interno e exportações, tipo de combustível para movê-los e assim por diante. Tudo aquilo que faz incrementar estes planejamentos, portanto, é sempre bem-vindo: se ajuda a encher ainda mais as burras então está perfeito. Esta ideia geral existe desde que a primeira Romi-Isetta e a primeira Kombi saíram de suas linhas de montagem, em Americana, SP, e em São Bernardo, SP, e assim que os fabricantes fundaram suas entidades de representação, coisa de quase setenta anos atrás, e colocaram em prática seus jogos de pressão, que mais modernamente atendem pelo anglicismo lobby. Por Vicente Alessi, filho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br

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