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39 AutoData | Novembro 2023 de ser mais um dos oito modelos a serem produzidos nos mercados internacionais: a picape Niagara, com design concebido pela equipe brasileira, agora localizada na mesma área da fábrica em São José dos Pinhais. A Niagara poderá bem ser a evolução da picape Oroch – que também foi desenvolvida no Brasil sobre a plataforma do Duster – e é o tipo de veículo que encontra espaço crescente no mercado brasileiro e de países da América do Sul. E por isto também é forte candidata a ser produzida no Paraná. Com desenho que remete a condições de rodagem extrema, com distância com relação ao solo mais elevada, a Niagara traz referências características de picapes fora-de-estrada. É também baseada na CMF Global e tem motorização MHEV, híbrida leve, com impulsor elétrico alimentado por bateria de 48 V e motor a combustão de tração dianteira ou 4×4, como permite a plataforma. A picape conceito foi camuflada com as linhas e padrões do logo Renault e mostra a versatilidade da plataforma, pelo tamanho da Niagara bem maior do que o Kardian, com o qual compartilha a CMF Global. OFENSIVA DE OITO MODELOS De acordo com Cambolive dois veículos comerciais, cinco automóveis dos segmentos C e D e o SUV compacto Kardian – o único do segmento B anunciado no plano – compõem a ofensiva para os mercados internacionais. Nem todos, necessariamente, chegarão ao mercado brasileiro. Mas o País, principal mercado não-europeu da Renault, é forte candidato a receber boa parte dos € 3 bilhões anunciados pelo CEO global. “10% do valor, ou € 300 milhões [do plano de R$ 2 bilhões anunciado no ano passado], já foram aplicados para a introdução da plataforma e o lançamento do Kardian”, diz Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, um dos mais entusiasmados no evento. “Os demais modelos serão negociados um a um.” América Latina o motor terá uma versão só a gasolina. O novo Renault não será feito apenas no Paraná: em um segundo momento, de acordo com Cambolive, também sairá também das linhas de Casablanca, Marrocos. NOVA PLATAFORMA E HÍBRIDO FLEX A CMF Global levada ao Paraná – antes chamada de CMF-B e segundo a companhia uma evolução desta – pode dar origem a modelos de 4 metros a 5 metros de comprimento e de 2m60 a 3 metros de entre-eixos, com quatro medidas possíveis. São três os módulos traseiros disponíveis e os veículos poderão ter tração dianteira ou 4×4, abrindo opções para picapes e veículos fora-de-estrada. O leque de powertrain também é amplo: motores a gasolina, flex, GLP, híbridos leves MHEV e fechados HEV. Não contempla, porém, veículos 100% elétricos. As arquiteturas elétrica e eletrônica são novas e oferecem o que há de mais moderno em conectividade, entretenimento e segurança, com ao menos treze sistemas de assistência à direção disponíveis. Além do Brasil a Renault introduzirá a CMF Global em fábricas na Índia, no Marrocos e na Turquia. A Coreia do Sul, outro mercado internacional com manufatura de modelos Renault, receberá outra plataforma, a CMA, em parceria com a chinesa Geely. Segundo Cambolive o objetivo da Renault é que um terço das vendas de fora da Europa seja de veículos eletrificados. No Brasil o foco inicial será a hibridização com o motor flex, que permite o uso de até 100% de etanol no motor a combustão. Segundo o presidente da Renault América Latina, Luiz Fernando Pedrucci, o sistema híbrido flex já está em desenvolvimento e, portanto, chegará às ruas antes de 2027, a seguir o plano. PICAPE DESENVOLVIDA NO BRASIL Uma das novidades da nova safra da Renault foi antecipada durante as apresentações no Rio de Janeiro em forma de carro conceito, que dá clara indicação

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