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69 AutoData | Outubro 2023 Divulgação/Dana “ Enxergamos oportunidades adicionais na exportação, que já representa mais de 20% de nossas vendas, e no de reposição, que segue crescendo acima do mercado.” Raul Germany, Dana ações na demanda, criando desafios de planejamento da produção e de gestão de inventário dos fornecedores de componentes: “Possível solução seria adoção de tecnologias avançadas de previsão de demanda, parcerias estratégicas para compartilhamento de informações, como as associações e entidades ligadas ao segmento, e flexibilidade nas operações para adaptar-se rapidamente a mudanças no mercado”. Para o presidente da ZF América do Sul, Carlos Delich, o Brasil sempre estará junto dos dez maiores produtores de automóveis do mundo, ao ressaltar que esta indústria responde por mais de 20% do PIB industrial do País e por cerca de 4% do PIB total, mantendo mais de 1,3 milhão de empregos diretos. “Estes números por si só já deixam claro, para qualquer governo, o quão fundamental é prestar atenção e cuidar deste setor”, observa Delich. “Os juros dispararam no fim de 2022 e prejudicaram muito o varejo. O mercado encolheu com falta de crédito. Temos frota envelhecida de carros de passeio e veículos comerciais, mas já percebemos ações governamentais para mudar esse quadro.” ELETRIFICAÇÃO POSSÍVEL Delich cita possibilidades de tributação menor para veículos mais sustentáveis, sejam elétricos ou híbridos, o que, em sua análise, favorecerá muito a indústria automotiva e a sociedade: “O parque automotivo no Brasil, com mais de sessenta anos, está entre os mais bem estruturados do mundo. Nesse sentido a indústria local tem todas as condições para suprir as futuras demandas das montadoras que decidirem produzir localmente veículos 100% elétricos”. O executivo revela, sem pormenores, que a ZF trabalha na nacionalização de vários sistemas para os próximos anos, não apenas com o foco na eletrificação do powertrain mas, também, em novos equipamentos de segurança ativa, eficiência energética e conforto. Perez, da Bosch, concorda que a indústria local tem condições tecnológicas para fornecer componentes para veículos elétricos: “Grande exemplo desta competência local foi o desenvolvimento conjunto com a Volkswagen Caminhões e Ônibus do sistema de hardware, software e calibração do motor, para o caminhão elétrico e-Delivery. Produzimos em nossa fábrica de Campinas a unidade eletrônica de controle veicular com alto poder de processamento. Nosso desafio sempre estará relacionado ao volume baixo e ao alto investimento”. Para a produção no Brasil tornar-se mais competitiva na comparação com outras regiões Perez sugere a padronização de normas e requisitos, para aumentar a escala e somar a demanda doméstica com exportações a mercados emergentes.

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