62 Outubro 2023 | AutoData PERSPECTIVAS 2024 » REGIONAL Argentina Brasil Chile Colômbia México Peru 430/450 -- 340/420 180 1 372 175 440 2 230 320/340 180 1 354 164 Vendas em 2023 e 2024 nos maiores mercados da América Latina Em mil unidades Fontes: Aladda e Anfavea 2023 2024 ARGENTINA O país com maiores incertezas é a Argentina. Não à toa. O momento conturbado traz dificuldades para o mercado automotivo argentino, que convive com inflação batendo em 120% ao ano, pobreza atingindo quase metade da população e um processo de transição política que, aparentemente, está longe de resolver estes e outros graves problemas macroeconômicos, começando com a escassez de dólares para manter ativo o comércio exterior. Com todos os problemas adicionados à sobretaxação de produtos importados que impõe alíquota de 7,5% a veículos e autopeças importadas, inclusive do Brasil, ainda assim o resultado esperado para este ano na Argentina é de crescimento de 8% com relação a 2022, com 440 mil vendas. Para o ano que vem, a depender da política econômica promovida pelo novo governo central, a Acara, Associação dos Concessionários Automotores da República Argentina, projeta uma variação do resultado de 430 mil a 450 mil veículos vendidos. Sebastián Beato, presidente da Acara, ponderou que “deverá haver um choque econômico no primeiro trimestre do ano que vem e, com isto, precisaremos nos preparar para uma recessão. Somente no segundo trimestre é que poderemos ver o início de um período de recuperação da economia. Tanto que nossa melhor projeção, ainda assim, é conservadora para o mercado automotivo em 2024, de alta de 4%, totalizando 450 mil unidades”. CHILE O Chile, que em 2022 foi o segundo maior mercado na América do Sul em volume de veículos vendidos, teve de pagar a conta da pandemia em 2023 e com isto a inadimplência cresceu, elevando as taxas de juros para a tomada de crédito. A economia popular foi corroída pela alta do custo de vida, expressada na conta do gás – item muito importante sobretudo no inverno –, no preço dos alimentos, no aluguel, no transporte público e no do combustível. A população chilena, acostumada a certa estabilidade econômica que permitia investimentos de longo prazo como a compra de uma casa ou de um carro, parou de realizar este tipo de consumo. Resultado: as vendas de veículos em 2023 podem cair de 25% a 30%, totalizando 320 mil unidades. O melhor cenário é que sejam negociados 340 mil neste ano. Para 2024 a expectativa mais conservadora das entidades ligadas ao varejo automotivo no Chile é que se repita o resultado deste ano. Mas também há um certo otimismo baseado no tímido avanço das vendas nos últimos meses de 2023 que, segundo Diego Mendoza Benavente, secretário geral da Anac, Associação Nacional Automotiva do Chile, pode levar o mercado chileno a finalizar 2024 com até 420 mil unidades vendidas: “Apesar da redução do
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