60 Outubro 2023 | AutoData PERSPECTIVAS 2024 » REGIONAL qualidade e, principalmente, preço. Com isto os fabricantes instalados no Brasil, que deixaram de produzir modelos populares, buscando maior rentabilidade com SUVs mais sofisticados, foram ficando de fora tanto dos mercados menores quanto dos principais países da América Latina. No Chile a participação de veículos chineses em 2022 foi de 39,1% e os automóveis brasileiros representaram somente 11% das vendas. Este ano a expectativa é que o produto nacional obtenha somente 7,3% de market share no Chile. Enquanto entidades que representam fabricantes e sistemistas alegam perda de competitividade na região – em vez de buscar igualar a disputa oferecendo produtos mais adequados ao perfil econômico destes consumidores –, as marcas chinesas ampliam sua presença e avançam em mercados nos quais ainda não estavam tão presentes, caso, inclusive, do Brasil, onde algumas delas estão até instalando fábricas para produzir híbridos e elétricos. Em um futuro não tão distante será no segmento de veículos eletrificados que as asiáticas, sobretudo as marcas chinesas, deverão conquistar a maior parte de seus clientes na região, tornando-se os principais fornecedores de eletromobilidade impulsionadas por preços competitivos. DESEMPENHO EM 2023 E 2024 O que vem acontecendo na Argentina e no Chile este ano, duas realidades bem diferentes, dá o tom para o desempenho das vendas em 2024 na América Latina. No Brasil, que recentemente revisou um pouco para cima a estimativa para 2023, as projeções iniciais também demonstram um resultado positivo no ano que vem: ainda que ninguém arrisque um porcentual o cenário é de crescimento, tímido talvez, mas ainda assim uma evolução. Os representantes da Aladda em catorze países se reuniram no início de outubro para debater as oportunidades e desafios da região e, ainda que um número consolidado esteja longe de um consenso, o pior cenário é que somando as vendas o resultado será igual ao de 2023. No entanto, considerando as projeções dos principais mercados, esta hipótese cai por terra e a perspectiva mais provável é de crescimento em 2024.
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