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129 AutoData | Outubro 2023 Governador da Bahia e ministro do Desenvolvimento passam a tomada da fábrica de Camaçari ao CEO da BYD, Wang Chuanfu. A BYD tomou o cuidado de, para receber centenas de pessoas no terreno da fábrica, trocar a identidade visual da antiga fábrica da Ford. Não deu tempo, porém, de fazer a zeladoria: há algum tempo os gramados do terreno não tinham sido cortados e há necessidade de repintar alguns prédios. De toda forma o trabalho de infraestrutura na unidade não deverá ser grande. A Ford retirou todo o maquinário, parte foi leiloada e alguns equipamentos foram enviados para a fábrica de General Pacheco, na Argentina, onde é produzida a picape Ranger, Segundo Alexandre Baldy, conselheiro e porta-voz da empresa, as máquinas que serão usadas pela BYD estão prontas para serem embarcadas à Bahia. Bastava a oficialização para entrarem nos navios. INVESTIMENTOS CONFIRMADOS Os investimentos iniciais da BYD em Camaçari somam R$ 3 bilhões e contemplam a construção de duas fábricas: uma de automóveis híbridos e elétricos e outra de caminhões e chassis de ônibus elétricos. Todo o esforço inicial está concentrado na produção dos veículos de passeio, que iniciará a operação industrial da BYD na Bahia. Segundo Baldy já há no planejamento uma segunda etapa de investimentos na fábrica. Nesta primeira fase a capacidade será de 150 mil automóveis por ano com a geração de 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos. As contratações deverão começar no primeiro semestre do ano que vem. A linha de produção será inspirada na unidade de Changzhou, na China, e devem ser levados ao país asiático ao menos cem profissionais brasileiros que vão aprender os processos produtivos da empresa. A expectativa é de que o primeiro modelo, o elétrico Dolphin ou o híbrido flex Song Plus, saia da linha de Camaçari já no último trimestre de 2024. O terceiro modelo confirmado para produção nacional é o SUV Yuan Plus, 100% elétrico. A segunda fase do projeto demandará mais investimentos. A capacidade saltaria para 300 mil unidades/ano e cinco novos veículos seriam produzidos. Os caminhões e ônibus deverão entrar em linha no intervalo da primeira e segunda fase do investimento, segundo Baldy.

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