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121 AutoData | Outubro 2023 As projeções macroeconômicas da empresa para 2024 seguem de perto as das consultorias do mercado: crescimento do PIB da ordem de 2%, inflação medida pelo IPCA de 3,82%, dólar cotado em torno de R$ 5,25 e taxa básica de juro Selic de 9% ao ano. Esta era exatamente a taxa que os mais otimistas esperavam para o fim de 2023, bem menor do que a variação de 13,75% para 11,75% a ocorrer este ano, que jogou uma pá de cal no restante das previsões. Desfeita a barreira ao crescimento armada pela política monetária Cortes espera por um ano mais estável para as vendas de caminhões: “Entraremos em 2024 com todos os modelos Euro 6 já lançados e o fim de estoques dos Euro 5 [fabricados até o fim de 2022]. Assim consideramos que os volumes totais deverão ficar dentro do patamar já atingido nos últimos cinco anos”. Isto significa voltar a mercado acima de 100 mil caminhões por ano, que chegou a 124 mil em 2022. BOM DESEMPENHO AQUI E FORA Embora amordaçado por regras do Grupo Traton – do qual a VWCO faz parte ao lado de MAN, Scania e Navistar –, que impedem seus executivos de revelar qualquer projeção sobre resultados da própria empresa, Cortes segue confiante que a Volkswagen Caminhões e Ônibus continuará, em 2024, a liderar o mercado brasileiro de veículos de carga: “Seguimos otimistas. Tivemos bons resultados em 2022, o melhor desde o início da pan- “ Com PIB positivo, agricultura batendo recordes, investimentos em infraestrutura, além da queda na Selic, acreditamos que o setor se estabilize e que o crédito deve ser retomado.” Roberto Cortes, presidente VWCO demia, e acreditamos em um horizonte positivo. Estamos confiantes de que manteremos nossa liderança em vendas de caminhões, já acumulada nos primeiros oito meses deste ano”. A VWCO também deve continuar investindo na sua expansão internacional, que já conta com linhas de montagem no México, na África do Sul e na Argentina e mais negócios sendo ampliados ou fechados em países onde fabricantes brasileiros não tinham presença. “Temos crescido em nossas exportações e investido de forma consistente em nossa internacionalização, com a chegada a novos mercados e expansão de portfólio e rede nos que já atuamos. Tudo isso deve refletir em nosso volume de vendas internacionais para o ano que vem.” ELETRIFICAÇÃO Ainda que defenda a continuação dos investimentos em motores a combustão mais eficientes a empresa segue firme em seu propósito de acompanhar a tendência mundial de eletrificação dos veículos – a VWCO foi a primeira fabricante nacional a projetar e a produzir um caminhão elétrico no País, o e-Delivery: “A Volkswagen Caminhões e Ônibus acredita que o futuro da mobilidade é elétrico. Lançamos em 2021 o e-Delivery com 11 e 14 toneladas de peso bruto total, e estaremos em breve ampliando o nosso portfólio com o desenvolvimento de ônibus urbanos elétricos [o e-Volksbus apresentado este ano] para atender as demandas não só do Brasil como, também, de outros países da América Latina”. Para manter a competitividade dos produtos que já têm produção nacional Cortes diz ser a favor da retomada do imposto de importação de 35% sobre caminhões elétricos, hoje isentos: “Já há produção nacional e a permanência do imposto zero não permite competitividade para os produtos fabricados aqui, como é o caso do nosso e-Delivery. Com certeza, no segmento de veículos comerciais pesados, a retomada do imposto de 35% garantirá a produção local como já vem acontecendo”.

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