119 AutoData | Outubro 2023 importante é não haver alta de juros no ano que vem.” O dirigente espera ainda avanço de 1,5% no PIB, inflação em 5% e dólar a R$ 5. Para tornar viável a expectativa de o mercado interno absorver a maior parte da produção a montadora tem o plano de financiar, por meio de seu banco, pelo menos 15 mil unidades, o que significa, em outras palavras, 50% de penetração nas vendas da marca com oferta de financiamento próprio. “Há de fato a necessidade de renovação de frota em todos os segmentos e por isto temos a projeção de crescimento em 2024 e termos volume total maior do que o deste ano. Será um ano melhor, especialmente, pelas boas perspectivas dos segmentos de agro, combustíveis, cargas frigoríficas, cana e mineração.” Quanto às necessidades da agenda macroeconômica Podgorski prega urgência para aprovar a reforma tributária, justamente por favorecer a competitividade do setor de transportes. Indício da espera por dias melhores está na redução do porcentual da produção dedicado ao mercado externo. Enquanto este ano 40% de tudo o que sai da linha de produção de São Bernardo do Campo, SP, está sendo exportado para 47 países, para o ano que vem a estimativa é que 30% dos veículos sejam exportados. Podgorski contou que os principais produtos para o mercado América Latina têm acima de 70% de nacionalização mas que, para locais fora da região, os porcentuais são menores: “Estamos constantemente “ Ao longo do ano que vem a Scania dará os seus primeiros passos rumo a uma futura gama estendida de veículos semipesados movidos a gás natural.” Christopher Podgorski, CEO Scania Latin America melhorando este índice e trabalhando também na localização de novos itens que são introduzidos”. O CEO da Scania lembrou que a montadora vem de dois ciclos de investimentos históricos no Brasil. De 2016 a 2020, foram aportados R$ 2,6 bilhões. E, de 2021 a 20224, R$ 1,4 bilhão. Os recursos são direcionados à atualização e à modernização do parque industrial e aodesenvolvimento de tecnologias alternativas ao diesel fóssil. DESCARBONIZAÇÃO O executivo acredita que o caminho para a transição rumo à matriz energética limpa é investir em todas as alternativas para descarbonizar o ecossistema de transporte e logística, movimento que já está acontecendo: “No curto prazo teremos de usar ganho de eficiência em motores a combustão, apostar no gás natural e em biocombustíveis, como biodiesel e biometano”. Podgorski segue sustentando sai ideia de que “o futuro será eclético e não somente elétrico”, e que a Scania aposta na pluralidade das soluções que coexistirão até que se consiga descarbonizar o setor. “No longo prazo haverá a eletrificação. Mas, para a introdução de uma tecnologia no mercado, precisamos levar em consideração três aspectos: o produto, o combustível e sua distribuição. No caso de pesados elétricos é necessária rede de carregamento para todo o País e o aumento da oferta de eletricidade para atender a demanda de uma frota. Além disso ainda há discussão sobre o descarte das baterias e seu impacto ambiental.” Com relação ao programa Mobilidade Verde e Inovação a expectativa para pesados é que o governo incorpore os conceitos do programa de corredores sustentáveis, promovendo o uso de eletrificação, gás, biometano e energia limpa em corredores estratégicos de transporte por meio de incentivos como pedágio diferenciado e crédito para infraestrutura de postos e estradas. Além de fomento via impostos para caminhões e ônibus com propulsão sustentável.
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