111 AutoData | Outubro 2023 da renda e do poder de compra dos brasileiros são fundamentais para o avanço dos negócios, assim como a redução da taxa de juros e o acesso ao crédito para financiamento de veículos. Gambim compartilha da visão da Anfavea que considera que o Brasil precisa ocupar seu lugar de destaque no mundo cada vez mais tecnológico. Isto demanda planejamento, foco e previsibilidade, que só pode acontecer com visão de futuro, muito diálogo e harmonia das várias esferas do poder público com o setor privado. DESCARBONIZAÇÃO Para a descarbonização dos veículos pesados Gambim acredita que em breve o mercado terá mais opções de veículos movidos a combustíveis alternativos e sustentáveis, caso do gás natural, conforme as pesquisas e os desenvolvimentos avançarem, porque as alternativas disponíveis até o momento são preferencialmente para o transporte de cargas mais leves em curtas e médias distâncias. Enquanto isto não acontece a expectativa de retomada das vendas do Euro 6 para o ano que vem também deverão ajudar no processo de descarbonização do transporte porque a cada novo caminhão comercializado existe uma redução de consumo e, por consequência, de CO2, além da diminuição de 95% das emissões de NOx, óxidos de nitrogênio, e material particulado, na comparação com os veículos Euro 5. A DAF, marca holandesa que pertence ao Grupo Paccar, sediado nos Estados Unidos, está desenvolvendo todas as tecnologias de mobilidade possíveis, desde motores elétricos até os movidos a combustíveis alternativos, passando por opções híbridas e célula de hidrogênio também, que podem vir para o País, segundo Gambim: “Nosso compromisso com a sustentabilidade possibilita produzir, no Brasil, caminhões com estas tecnologias a partir do momento em que a infraestrutura local estiver preparada. De forma geral a indústria brasileira está focada na oferta da mobilidade com responsabili- “ O Euro 6 está no início de um processo de amadurecimento no País que deve durar de três a cinco anos para que os investimentos feitos na nova tecnologia entreguem retorno financeiro.” Luis Gambim, diretor comercial DAF Brasil dade ambiental. A revolução tecnológica e a corrida pela descarbonização podem gerar oportunidades para que o Brasil amplie sua tradição como importante polo automotivo mundial”. FECHAMENTO DE 2023 Até dezembro a DAF repete as projeções da Anfavea, entidade que reúne todas as empresas fabricantes de veículos, de que a indústria nacional de pesados produzirá 127 mil caminhões e ônibus, volume 34,2% menor do que o de 2022. Com relação às vendas a projeção é de 128 mil emplacamentos, recuo de 11,1% na mesma base comparativa, e a exportação deverá somar 23 mil unidades, queda de 24,8%. De janeiro a setembro a DAF conquistou participação de mercado de 9,2% no segmento de caminhões acima de 15 toneladas e de 12,9% na fatia acima de 40 toneladas. Este resultado posicionou a montadora como a segunda que mais vendeu modelos pesados em 2023, de acordo com Gambim, colocação da empresa desde o ano passado. Com relação ao cenário macroeconômico do Brasil a expectativa para o PIB é de alta de 2,5%, dólar em R$ 5,00, Selic em 12% até dezembro e a inflação em torno de 4,9%.
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