101 AutoData | Outubro 2023 – com grandes somas destinadas à eletrificação de modelos produzidos no Brasil. “Se implementadas as medidas que estão sendo estudadas a nova fase do Rota 2030 incentivará o desenvolvimento local de novas tecnologias para aumentar a eficiência energética”, afirma Filosa. “Queremos potencializar as virtudes do etanol como combustível renovável, cujo ciclo de produção absorve a maior parte de suas emissões, combinando a propulsão à base do biocombustível com sistemas elétricos.” MERCADO O executivo pouco pode falar sobre projeções para 2024 por causa do período de silêncio imposto por regras de bolsa de valores, mas Filosa reiterou sua expectativa de vendas de 2,1 milhões de veículos leves em 2023, em linha com as projeções da Anfavea, e produção em patamar semelhante ao do ano passado, 2 milhões 245 mil de unidades. Com relação à macroeconomia a Stellantis segue as projeções do mercado: PIB na casa dos 3% ao fim de 2023 e dos 2% em 2024. Inflação com recuo, na casa dos 4,5% este ano e sob controle no ano que vem. A companhia segue esperando a redução gradual das taxas de juros e câmbio “relativamente estável no horizonte de projeção, se o ambiente macroeconômico externo ficar estável”. Com o cenário da economia brasileira mais estabilizado o crédito, principal motor da venda de carros leves, poderia crescer 8,1%, como prevê a Febraban, Federação Brasileira de Bancos. Uma ótima notícia para a Stellantis, que tem forte presença no segmento de entrada, tanto que foi a empresa que melhor aproveitou os benefícios da MP 1 175, que concedeu descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil a automóveis de até R$ 150 mil: a fabricante utilizou R$ 310 milhões em créditos tributários para abater preços de carros de quatro marcas. Filosa menciona também a reforma tributária: “Apoiamos a reforma tributária que reduzirá o custo Brasil pela simplificação e redução na quantidade de impostos. Precisamos também de melhoria no tráfego “ Se implementadas as medidas que estão sendo estudadas a nova fase do Rota 2030 incentivará o desenvolvimento local de novas tecnologias para aumentar a eficiência energética.” Antonio Filosa, presidente Stellantis América do Sul de dados e na infraestrutura logística, além da aprovação do Rota 2030 fase dois, que traz mais previsibilidade para novos investimentos previstos no Brasil e na região”. MARCAS Quase um terço das vendas de automóveis e comerciais leves, até setembro, foi de modelos produzidos pela Stellantis. A Fiat lidera o mercado com 22% das vendas e a Jeep ocupa a sexta posição, com 6,3% de participação. As duas marcas não lançaram grandes novidades durante o ano, embora, até dezembro, a Fiat ganhe em seu portfólio mais uma picape, a Titano. Ela, originalmente desenvolvida como Peugeot Landtrek e assim vendida em alguns mercados, competirá por aqui em um segmento acima da Toro. Será montada no Uruguai. O mais importante lançamento Stellantis no ano foi outra picape, a Ram Rampage, que marcou o início da produção local da marca que cresceu 330% no primeiro semestre, ainda sem contabilizar o volume do produto nacional. Mais uma novidade está programada até o fim de 2023: o Citroën Aircross, SUV com até sete lugares, segundo modelo do projeto C-Cubed produzido em Porto Real. Em 2024 possivelmente o terceiro veículo deste projeto poderá ser lançado. Mas isto quem anunciará será o novo presidente, Emanuele Cappellano.
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