80 Setembro 2023 | AutoData INDÚSTRIA » ANIVERSÁRIO Os investimentos acompanharam o crescimento: trazendo todos os aportes a valor presente corrigido pela inflação do IPCA a fábrica de Indaiatuba já recebeu perto de R$ 4,8 bilhões em duas décadas e meia. De pequena unidade de montagem de CKD a planta evoluiu para uma fábrica completa com estamparia dotada de prensas automatizadas, armação de carrocerias com mais de oitenta robôs de solda, cabine de pintura de alta eficiência, linha de montagem final que já cresceu algumas vezes e pista de testes. O nível de localização também avançou: hoje os Corolla produzidos têm índice de nacionalização de 75% e a fábrica tem 125 fornecedores produtivos – seis deles estão localizados no polo industrial estabelecido ao lado da planta da Toyota em Sorocaba, a poucas dezenas de quilômetros, onde a empresa inaugurou, em 2012, sua terceira e maior unidade de produção no Brasil. Mesmo após o investimento na fábrica de Sorocaba, que hoje concentra as maiores ambições de crescimento da Toyota no País, Indaiatuba nunca perdeu sua importância estratégica complementar para a empresa, até porque o Corolla segue na liderança invicta do segmento de sedãs médios e figurou dentre os dez carros mais vendidos do mercado brasileiro por mais de uma década. Hoje, mesmo após a conversão da preferência nacional para os SUVs, o Corolla tem desempenho superior ao de muitos deles. O globalmente aclamado e adotado TPS, Toyota Production System, foi fundamental para pavimentar a evolução constante da fábrica de Indaiatuba, que ganhou eficiência a cada ano com soluções criativas que aumentaram a produtividade sem a necessidade de grandes investimentos. O TPS é aplicado hoje no desenvolvimento de equipamentos, ferramentas, no layout da planta, em logística, áreas administrativas e até no desenvolvimento de empregados. PRIMEIRO HÍBRIDO O primeiro milhão de veículos produzidos foi alcançado após dezenove anos de operação, em 2017, e no ano seguinte foi aprovado o mais recente programa de investimento: R$ 1 bilhão para produzir em Indaiatuba a décima-segunda geração do Corolla, lançado em 2019, construído sobre a mais moderna plataforma da fabricante, a TNGA, Toyota New Global Architecture, com versões a combustão e híbrida. Com o novo Corolla Indaiatuba entrou para a história da indústria automotiva nacional como primeira fábrica a produzir no Brasil um carro híbrido, que combina tração elétrica e do motor a combustão. Mais ainda, foi a primeira no mundo a fabricar um veículo híbrido flex, como motor bicombustível etanol-gasolina, que intensifica os benefícios do biocombustível por meio da eletrificação do powertrain para reduzir substancialmente as emissões de CO2. Com seu estilo cauteloso a Toyota informa que não tem planos, no momento, de produzir outros modelos em Indaiatuba. A empresa afirma que seu compromisso é manter a fábrica competitiva. Para isto foi aprovado no ano passado um investimento incremental de R$ 50 milhões, com o objetivo de modernizar algumas áreas e equipamentos para produzir uma versão renovada do Corolla, a ser lançada ainda este ano. Será mais um passo para seguir evoluindo ao gosto da fabricante: devagar e com perfeição.
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