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55 AutoData | Setembro 2023 Fotos: Divulgação/Empresas PRÊMIO AUTODATA 2023 » CADEIA AUTOMOTIVA AMPLIADA Cummins Eletra Marcopolo MWM A empresa com fábrica em Guarulhos, SP, investiu R$ 170 milhões para desenvolver no País novos motores Euro 6, equipados com um também novo sistema de póstratamento de gases para atender à nova fase da legislação brasileira de emissões para veículos pesados, o Proconve P8, que entrou em vigor este ano. O desenvolvimento levou cerca de três anos e meio em testes junto com os fabricantes de veículos seus clientes: Volkswagen Caminhões e Ônibus, Agrale, Marcopolo e mais um que não foi revelado. As famílias de motores diesel, de 3,8 a 15 litros, receberam um novo catalisador modular de pós-tratamento, com injeção de solução de ureia Arla 32, que além de ser mais compacto foi pensado para reduzir os custos de manutenção: quando é detectado um problema só uma parte precisa ser trocada, não o dispositivo inteiro. Com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a Eletra inaugurou no início de junho seu novo prédio industrial em São Bernardo do Campo, SP. A unidade recebeu boa parte dos R$ 150 milhões do plano de investimento da empresa, que tem a meta de tornar-se a maior fabricante brasileira de veículos elétricos de transporte. Na fábrica a Eletra recebe chassis da Mercedes-Benz e Scania e instala neles motor elétrico, inversor e baterias fornecidos pela WEG. De lá o chassi sai para ser encarroçado pela Caio Induscar, em Botucatu, SP. A unidade tem capacidade para fazer 1,8 mil ônibus elétricos urbanos por ano, de seis modelos de 10 m a 21 m articulados. Com novas encomendas da cidade de São Paulo a Eletra espera utilizar toda sua capacidade em 2023, que pode ser aumentada em 50% com a adição de mais um turno. De olho no aumento de demanda por ônibus urbanos elétricos no País a Marcopolo começou neste segundo semestre a vender o Attivi, seu primeiro veículo completo com chassi e carroceria projetados e produzidos na fábrica de Ana Rech, em Caxias do Sul, RS. Após cinco anos de desenvolvimento a empresa programou a produção de 130 unidades até o fim deste ano. Com a eletrificação a Marcopolo decidiu adotar os dois modelos de negócio: desenvolver o seu primeiro veículo completo e, ao mesmo tempo, continuar a montar carrocerias sobre chassis elétricos de parceiros. O Attivi tem índices de nacionalização de 58% para o chassi e de 96% para a carroceria, com sistemas de baterias fornecidos pela Moura, de Belo Jardim, PE, e o motor elétrico central de 530 cv da também brasileira WEG, de Jaraguá do Sul, SC. Agora uma divisão da Tupy, a MWM, fabricante de motores e geradores, vem ampliado sua atuação com aumento da carteira de clientes principalmente no agronegócio, tanto pelo fornecimento direto de seus propulsores para maquinários agrícolas como no estabelecimento da economia circular do biogás em propriedades. A MWM fornece o biodigestor que coleta o gás de resíduos e detritos, o gerador de eletricidade a biogás e chega à conversão de veículos diesel para rodar com novos motores a biometano ou gás natural. Neste segmento a MWM também deu início à conversão de ônibus diesel para o gás com um primeiro projeto da Itajaí Transportes Coletivos, com frota que circula em Campinas, SP. A troca do motor a diesel para o MWM 100% a GNV reduz em até 25% a emissão de CO2 e acima de 90% o material particulado.

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