40 Setembro 2023 | AutoData VEÍCULOS PESADOS » ESTÍMULO rodoviários. É o que acredita José Carlos Spricigo, presidente da associação que representa o setor, a Anfir. Para ele, se o programa tem potencial para movimentar a economia, afetará positivamente o setor de implementos rodoviários, mas prevê que os primeiros impactos deverão ser sentidos somente em 2024. A Anfir avalia que o PAC combinado a outros fatores, como a queda da taxa de juros, pode ajudar a alavancar as vendas de implementos no ano que vem. Spricigo também inclui a reforma tributária dentro dos fatores que geram expectativas positivas para a indústria: “Nosso segmento é movido pelo PIB e todos esses elementos são importantes para o crescimento da economia”. De acordo com o presidente da Anfir, após um ano de dificuldades, com alta nos custos de commodities que encarecem a produção e majoração de até 30% nos preços dos caminhões por causa da atualização dos motores Euro 6, o PAC aumenta as expectativas de recuperação em 2024: “Será um ano de retomada e, com o PAC, naturalmente os segmentos de reboques e semirreboques sentirão o impacto”. A expectativa da Anfir é que a indústria feche 2023 com vendas de 85 mil carretas, reboques e semirreboques. São 10 mil unidades a mais do que previsto no início do ano. Para 2024 e 2025 a projeção é de crescimento de 20% nas vendas, sobretudo por causa da demanda que deverá surgir com o PAC. Já no segmento de carrocerias sobre chassis, os implementos leves, não há impacto direto do programa: as vendas devem somar 60 mil unidades este ano e a previsão é que aumentem 10% nos próximos dois anos. PPPS SERÃO ESSENCIAIS Para que as indústrias de caminhões e de implementos rodoviários sejam beneficiadas pelo PAC será fundamental que as obras saiam do papel. Só assim serão efetivados os investimentos em caminhões e máquinas rodoviárias. Neste sentido, na visão do presidente da Anfir, tudo dependerá das PPPs, as parcerias público- -privadas, por meio de concessões: “Quando ocorrem as concessões o processo acelera, porque as tomadas de decisões são mais rápidas, as concessionárias precisam cumprir contratos. Isso faz toda a diferença”. Para Roberto Leoncini, da Mercedes- -Benz, são justamente as PPPs que tornarão diferente esta nova fase do programa com relação ao PAC 2, criado em 2010. Muitas das obras daquela época não foram concluídas e, algumas delas, nem mesmo iniciadas: “Um sinal positivo é que boa parte do dinheiro virá do setor privado e isso já muda completamente o cenário”. iStockphoto
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