23 AutoData | Setembro 2023 Os protótipos Necar, de New Electric Car, marcaram as tentativas da Mercedes-Benz com as células de combustível: em 1994 foi apresentada a van Necar 1, em 1999 as células foram instaladas em um Classe A, o Necar 4, e já nos anos 2000 a fabricante mostrou o Classe B Fuel Cell. Nunca foram vendidos. livrar de toda ou boa parte das emissões de CO2 quando o hidrogênio chegar para valer. Há algumas vias para produzir H2 limpo, ou verde, e o Brasil tem todas à disposição – uma delas é extrair o gás de seu principal biocombustível, o etanol, amplamente conhecido, explorado e distribuído no País há mais de quarenta anos. O H2 é um gás abundante e velho conhecido da civilização moderna, vem sendo estudado e consumido desde o século passado, mas até agora poucas iniciativas conseguiram justificar investimentos que promovessem uma transição global contundente de matriz energética para o uso do gás na produção de eletricidade sem emissões de CO2. O problema é que, mesmo sendo o elemento mais abundante do universo – está presente em quase todos os elementos –, as rotas para obter o H2 muitas vezes partem de matriz considerada suja ou poluente, como é o caso do carvão. As principais fontes atualmente são combustíveis fósseis, especialmente o gás natural, e para extrair hidrogênio deles são inevitáveis as emissões de CO2 no processo. Por outro lado a extração do H2 da água é ineficiente, gasta-se mais energia elétrica para produzir o gás por meio da eletrólise do que ele entrega. E para que este processo seja livre de emissões de carbono a fonte de eletricidade utilizada deve obrigatoriamente ser limpa, eólica, solar ou hídrica, pois se a produção for alimentada por um gerador a diesel, por exemplo, haverá emissão de CO2 fóssil. ESFORÇOS FRUSTRADOS Dentre outras dificuldades para isolar o H2 e usá-lo como combustível, ou fonte de eletricidade, está a ausência de tecnologias economicamente viáveis para muitos desses processos e, principalmente, para utilização segura e em escala em diversas aplicações como fonte de energia motriz. Por estes motivos já foram considerados “esforços frustrantes” algumas das pesquisas com hidrogênio por parte de Divulgação/MB empresas do setor automotivo. Em 1999, quando era DaimlerChrysler, o grupo sustentava elevadas esperanças no seu Fuel Cell Project Group, como constava no comunicado de seu balanço anual: “Nos laboratórios do Nabern Technology Park, em Stuttgart, cientistas e engenheiros estão projetando motores que funcionam com produtos químicos e interação
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