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» EDITORIAL AutoData | Agosto 2023 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição Caio Bednarski, Lúcia Camargo Nunes, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Fotos divulgação BYD e Stellantis Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Por Pedro Kutney, editor Eletrificação que faz sentido A eletrificação dos veículos no Brasil começa a ganhar vigor onde ela faz mais sentido: no transporte urbano de passageiros e de cargas, com ônibus, caminhões e furgões elétricos a bateria. No caso dos carros o caminho mais racional, e viável, é a combinação da propulsão elétrica commotores a combustão bicombustível etanol-gasolina – ou, melhor ainda, só a etanol –, que estão tomando forma nos projetos de novos modelos híbridos flex. Para os veículos comerciais urbanos o grande salto, como reporta esta AutoData , está acontecendo exatamente agora, com o início de grandes compras de ônibus elétricos a bateria, que acompanha esforço de centros urbanos para eliminar fumaça e descarbonizar emissões. O movimento é puxado por São Paulo, que em uma canetada proibiu a renovação da frota municipal por veículos a diesel e colocou no horizonte o objetivo ambicioso de agregar 2,6 mil ônibus elétricos ao seu o sistema de transporte público até o fim de 2024. Para surpresa dos desavisados, que não lembramda tradição brasileira de produzir trólebus há décadas, a indústria nacional parece pronta para atender à súbita demanda. Seis fabricantes instalados no Brasil – dois deles 100% nacionais – estão concluindo investimentos para multiplicar a produção de ônibus elétricos no País, inclusive com bom número de fornecedores locais. Diretora executiva da Eletra, mais antiga fabricante de ônibus elétricos no País, Iêda de Oliveira resume a situação: “A eletromobilidade avança no Brasil puxada pela indústria brasileira de transporte público, com tecnologia nacional. Isto não é propriamente novidade. A novidade é que as principais autoridades passaram a prestar atenção a este fenômeno. O País conseguiu formar rapidamente uma cadeia produtiva completa e competitiva de ônibus elétricos. Não é uma meta: é uma realidade”. Agora só falta a aprovação de linhas de crédito do BNDES com juros palatáveis para fazer esta indústria decolar de vez no País, para diluir o custo de aquisição ainda muito alto dos veículos comerciais elétricos, porque o custo operacional já é melhor do que o similar a diesel. Esta indústria consegue concorrer em pé de igualdade com produtos importados da China, que são taxados com imposto de importação, ao contrário de carros elétricos, que são isentos. Mas aqui também há bons sinais, como comprova outra reportagem desta AutoData que mostra como a Stellantis prepara novos projetos de carros híbridos flex, motor 100% a etanol e até um modelo elétrico a bateria. E o mais importante: com fornecedores instalados no País, pois, como diz o presidente do grupo na América do Sul, “não gostamos de exportar PIB”. Nem nós.

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