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29 AutoData | Agosto 2023 muitos de seus fornecedores tambémpar - ticiparam do desenvolvimento das novas plataformas eletrificadas. No total pode - -se dizer que 5 mil pessoas estiveram de alguma forma envolvidas na localização dessas tecnologias. Ainda que muitos itens não sejam, de fato, produzidos aqui inicialmente, como as células de íons de lítio para os sistemas de baterias, a ideia é que esse processo ocorra a partir de agora e rapidamente ganhe escala. Por isto mesmo a expec - tativa é de que as soluções eletrificadas nacionais devam ter custo de produção e complexidade inferiores às tecnologias mais avançadas já disponíveis na China, nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo. Divulgação/Stellantis – propulsores térmicos bicombustíveis ou apenas a etanol – a Stellantis colocará os veículos nacionais na vanguarda das iniciativas para reduzir ao máximo e até eliminar o CO2 do transporte particular sobre rodas. “Vamos descarbonizar combinando etanol e eletrificação nacionalizando essas tecnologias”, disse Antonio Filosa, presidente da Stellantis América do Sul, que enfatizou a importância de realizar todo o desenvolvimento dessas novas tecnologias no Brasil. “O que chamamos de geração de valor faz parte da decisão de desenvolver, criar e envolver parcei - ros na nacionalização. Não gostamos de exportar PIB utilizando tecnologias que podem ser produzidas aqui.” SEM EXPORTAR PIB De qualquer forma trata-se de um grande passo que contribuirá ainda mais para a descarbonização da mobilidade no País. Considerando que além da Stellantis duas outras marcas chinesas chegaram recentemente para iniciar a produção de automóveis híbridos e elétricos, a escala necessária para justificar investimentos na cadeia de fornecimento já está se con - solidando. No caso da Stellantis, além das solu - ções híbridas e elétricas, há um trabalho de engenharia na melhoria dos motores movidos exclusivamente a etanol – outra iniciativa racional para aproveitar a con - tribuição do biocombustível brasileiro na redução de emissões. Com este portfólio A Stellantis parece ter pressa. Anteci - pou em seis meses a apresentação de seu plano de eletrificação no Brasil, mostrando pela primeira vez as quatro plataformas que serão utilizadas nos produtos das marcas de maior volume do grupo. O cronograma está acelerado com essas tecnologias que, já aprovadas tec - nicamente, podem ser inseridas imedia - tamente nas linhas de produção nacional, segundo Filosa: “Temos algumas dessas plataformas rodando em testes avançados para serem aplicadas nos produtos no ano que vem. Mas 2024 tem doze meses, né? Vamos aguardar o momento correto”. De acordo com Filosa a programação da Stellantis para o Brasil inclui, de 2021 a 2025, 43 lançamentos, sendo dezenove

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