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77 AutoData | Julho 2023 da Rampage é mais robusta, usa 86% de aços de alta e ultra-alta resistência. Esta estrutura, segundo Tonani, é uma carac- terística da Ram da qual não se abre mão, pois já é uma identidade de todos as outras picapes da marca. Mesmo considerando os aspectos exclusivos e essenciais da marca Ram há algo em comum com os outros qua- tro produtos feitos em Pernambuco. Por exemplo: as maçanetas e o painel digi - tal já utilizados nos modelos Jeep e Fiat montados na mesma linha. O comparti- lhamento de itens em produtos de marcas distintas do Grupo Stellantis é algo que vem garantindo diferencial competitivo e lucros acima da média à fabricante. O ganho de escala traz bons resultados, segundo relata Antonio Filosa, presidente da Stellantis América do Sul: “Não será diferente para novos pro- dutos que pretendemos fazer no Brasil”. Tonani observa, contudo, que 80% de todos os itens da Rampage são exclusivos: “Alguma coisa é compartilhada, sobretudo peças que não estão aparentes”. Mesmo utilizando motores importados o executi - vo afirma que a nova picape tem 70% de componentes nacionais: “Já está pronta para exportação”. A expectativa é que, após as cam - panhas de pré-lançamento no Brasil e a evolução do ritmo de produção a Stellan - tis inicie o programa de exportação da Rampage, que terá a Argentina e o Chile como os primeiros destinos. Ainda não está definido mas espera-se que até dezembro, nomáximo no início de 2024, a nova picape comece a ser exporta - da, conforme diz Kurdejak: “Este programa está sendo avaliado e depende da procura que tivermos no mercado interno. Ainda não sabemos se conseguiremos, neste primeiro momento, atender aos pedidos do consumidor”. BUSCA DE LIDERANÇA PREMIUM A Rampage nasceu com uma missão bem definida: fazer Ram, que só tem pica - pes em seu portfólio, liderar as vendas no segmento de veículos premium no Brasil. Até o fim do ano a expectativa é superar a atual líder do segmento, a BMW, que ven- de automóveis e SUVs, assim como outras marcas tradicionais comoMercedes-Benz, Audi, Volvo e Land Rover. “Atualmente temos 18% demarket share no segmento. Coma Rampage esperamos até dobrar esta participação e ultrapassar os 26% da BMW”, diz Everton Kurdejak. Para ele a Rampage é umveículo premiumpor- que oferece conforto, luxo e desempenho típicos da categoria, que reúne produtos acima dos R$ 200 mil.

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