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73 AutoData | Julho 2023 A criativa equipe brasileira de enge- nharia da Stellantis conquistou a iné- ditamissão de desenvolver umnovo produto para a tradicional marca de picapes do grupo. A Rampage é primeira Ram criada fora da matriz, nos Estados Unidos, e chega para confirmar a impor - tância da América do Sul na estratégia global da empresa. A Rampage comprova a flexibilidade nacional para reproduzir o DNAda Ram na plataforma small-wide, já muito bem apro- veitada em quatro veículos produzidos emGoiana, PE, três SUVs Jeep e a picape Fiat Toro. Será um sucesso inequívoco em ummercado com consumidores cada vez mais interessados por este tipo de veículo. O porte exclusivo médio-compacto da Rampage, o design e o luxo no interior, sua capacidade off-road, são qualidades que têm tudo para incomodar não apenas todas as outras picapes do mercado mas, tam- bém, automóveis do segmento premium. Quinto veículo produzido na fábrica de Goiana a Rampage contou com o traba- lho de oitocentos engenheiros – muitos importados da matriz da Ram para esta missão – e outros profissionais ligados ao seu desenvolvimento, que fizeram todo o seu trabalho nos centros da Stellantis no Brasil. O projeto consumiu mais de R$ 1,3 bilhão do investimento de R$ 13 bilhões programado para o Brasil de 2018 a 2025. O resultado de mais de 1,2 milhão de horas de desenvolvimento são três versões da picape bem distintas, com configurações que privilegiam o desem - penho, a robustez, o luxo e a tecnologia característicos do segmento de veículos premium, como conta Everton Kurdejak, vice-presidente responsável pelas ope- rações comerciais na América do Sul das marcas herdadas do antigo Grupo Chrys- ler, Jeep, Ram, Dodge e Chrysler: “Nessa faixa de preço e conteúdo oferecidos es - tamos competindo com todos os carros premium vendidos no País”. NEM PEQUENA NEM GRANDE A Rampage não é apenas a primeira Ram fabricada no Brasil. Ela tem diversos Divulgação/Stellantis Ram elementos inéditos para a marca, como tamanho intermediário e o ajuste de sus- pensão para as condições e uso do cliente brasileiro tanto no asfalto – algo bastante comumpor causa das picapes compactas – quanto para o trabalho no campo. Ela está em um ponto intermediário: é menor do que as picapes médias tradi- cionais, construídas sobre chassi, e maior do que as compactas com carroceria mo- nobloco. Este posicionamento é justifica - do pelas dimensões da Rampage: com 5m28 de comprimento ela não é nem 1 centímetro maior do que a irmã Fiat Toro feita na mesma fábrica e sobre a mesma plataforma, porémé quase 30 centímetros mais curta do que os 5m30 das tradicionais Ford Ranger, Chevrolet S10 e Toyota Hilux. Também é menos de 1 centímetro menor em comprimento do que a Ford Maverick, outra picape média-compacta também construída em monobloco. Po- rém a Rampage tem na largura um dos principais atributos da sua carroceria: com 1m88 émais larga do que todas as picapes à venda no País, fazendo jus ao significado da plataforma small-wide. Esta pequena vantagem oferece um pouco mais de es- paço para os ocupantes da parte de trás da cabine dupla. MAIS LUXO E POTÊNCIA A primeira Ram nacional tem recursos de condução aprimorados para o segmen - to e versões com o motor mais potente da categoria: o Hurricane 4 a gasolina, de 2 litros, 272 cv e 400 Nm de torque, que a leva de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e a atingir a velocidade máxima de 220 km/h, segundo medições da Stellantis. Há ainda a opção do motor Multijet Turbo Diesel, também de 2 litros, de 170 cv de potência e 380 Nm de torque – este é o mesmo tambémusado emversões da Fiat Toro e dos Jeep Commander e Compass. Ambos os propulsores são importados, assim como a transmissão automática de nove velocidades da ZF. Está descartada neste momento mo- torização flex porque, segundo Kurdejak, “identificamos que esse perfil de cliente

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