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7 AutoData | Julho 2023 RANKING DE COMPETITIVIDADE 2 Aponta a pesquisa que nossos pontos mais fortes foram, em 2022, a infraestrutura básica, a atração de investimentos internacionais, emprego, preços e alimentos. E que vamos muito mal em educação, custo de capital, legislação trabalhista e finanças públicas e em produtividade da força de trabalho. Estamos particularmente atrasados na adoção de ferramentas de análise de dados e de inteligência analítica – a baixa produtividade se relaciona, diretamente, a deficiências na formação de capital humano. RANKING DE PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA O mesmo IMD da pesquisa anterior distribuiu, ainda em junho, o ranking da produtividade da mão de obra em 64 países e nele o Brasil comparece na 61ª posição, à frente de Mongólia, Nova Zelândia e Venezuela. Nesta pesquisa a Suíça ocupa o primeiro lugar, acompanhada de Irlanda, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Hong Kong, Áustria, Alemanha, Bahrein e China até a décima colocação. A pesquisa mostra que, aqui, são necessários quatro trabalhadores para igualar a produtividade de um único trabalhador estadunidense. Com relação à Coréia do Sul não chegamos à metade. EM SÍNTESE: Já em edição de julho do mesmo diário o articulista Jorge J Okubaro junta os dados dos dois rankings citados acima a informe recente divulgado sobre o censo demográfico 2022 realizado pelo IBGE. O primeiro parágrafo: “ Ainda que tentador anuir à ideia de que este tornou-se um país das oportunidades perdidas denotaria um conformismo infrequente entre pessoas preocupadas com o futuro. É verdade que motivos não faltam para estimular- nos a admitir que, como país, mal temos conseguido sair do lugar em desenvolvimento, competitividade, busca de uma sociedade menos desigual. Mas, mesmo com indicações fortes de que perdemos tempo demais para começar a construir o futuro, como demonstram alguns números do Censo Demográfico 2022, ainda temos caminhos a percorrer para escapar do que se pinta como nosso destino medíocre. Ainda não perdemos tudo”. EM SÍNTESE: 2 Depois Okubaro vai ao cerne da questão: “Dados mais detalhados, como a distribuição da população por idade, não foram divulgados. Mas é muito provável que tenha aumentado proporcionalmente a fatia dos mais idosos, enquanto a da população em idade de trabalho tenha diminuído ou estagnado. Esse quadro caracterizaria o fim, ou o começo do fim, do que os demógrafos chamam de bônus demográfico. É o período em que a parcela de pessoas em idade de trabalho é crescente ou suficientemente ampla para assegurar o sustento de crianças e dos mais idosos. É nesse período que os países podem crescer mais depressa. Em outras palavras o fim do bônus significa o envelhecimento da população e, por conseguinte, a perda de vigor de um país para crescer. Seria como se, sem ter aproveitado sua juventude, o Brasil já estivesse envelhecendo”, resume o articulista.

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