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52 Julho 2023 | AutoData INDÚSTRIA » MATRIZ ENERGÉTICA investimento de cerca de R$ 150 milhões, há treze anos a fabricante inaugurou a PCHAnhanguera, construída no Rio Sapu- caí, em São Joaquim da Barra, SP, capaz de gerar 20% de toda a energia elétrica que a montadora consome nas fábricas paulistas da Anchieta, em São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté. Da energia anual consumida pela Volkswagen 99% vêm de fonte hídrica e 1% de eólica, e as quatro fábricas instaladas no País são certificadas como I-Rec, Certi - ficado Internacional de Energia Renovável, que comprova o uso de energia elétrica 100% renovável. A entrega do documento foi feita este ano pelas fornecedoras de energia Auren Energia e Enel Brasil. FORÇA DO VENTO E DO SOL A Honda também investiu para gerar sua própria energia limpa, por meio do seu parque eólico instalado emXangri-lá, RS, que começou a operar em 2015. Ele é capaz de atender 100% do consumo de energia das duas fábricas paulistas de automóveis e componentes da empresa, centro de distribuição de peças e escritó- rios. De 2015 a 2022 a unidade gerou 630 mil megawatts, suficientes para produzir 900 mil carros, de acordo com a Honda. Para esta operação a Honda realiza mapeamento anual da previsão de vento na região do parque, para ter uma projeção da energia que será gerada, sendo que em alguns meses a geração é maior do que o volume consumido, sobrando energia que é convertida em crédito para ser abatido no futuro, o que tem acontecido commais frequência nos últimos anos, por causa da produção automotiva menor. A fábrica da BMW instalada em Ara- quari, SC, produz seus veículos com energia 100% limpa, sendo que 80% do consumo anual são provenientes de fonte hídrica e 20% de solar, sendo que 6,5% são captados por painéis solares instala- dos em telhado da unidade desde 2020. Está nos planos o aumento da geração solar própria, que da liberação de novo investimento pela matriz. ANissan, com fábrica emResende, RJ, não tem parque eólico mas desde 2020 compra apenas energia elétrica gerada pelo vento para manter sua produção no País, também com certificado I-Rec. A de - cisão de mudar a matriz energética faz parte do plano global que mira a redução da pegada de carbono de suas operações, em busca da neutralidade até 2050. Na fábrica da Renault, em São José dos Pinhais, PR, a fonte de energia para produção de veículos é 100% hídrica, com certificação renovável, junto com outras soluções adotadas para reduzir a pegada de carbono, como o processo de geração de energia a partir da queima de biomassa para aquecimento da água, reutilizando sobras de madeira originadas de ativi- dades industriais e o sistema Recovery Energy, que recupera energia dos com- pressores para aquecer a água utilizada na área de pintura. BIOGÁS Na Volkswagen a adoção do biometa- no, combustível de fonte renovável, para substituir o gás natural fóssil em algumas áreas de suas fábricas paulistas, é mais um passo em direção à descarbonização da produção. A migração para este bio- combustível ocorrerá de forma gradual, ainda em 2023 na unidade de Taubaté e em 2024 na Anchieta. O biogás será adquirido da Raízen, que garantirá a geração a partir de resíduos da produção de etanol, como bagaço, torta de filtro e vinhaça. Usina solar na fábrica da Niterra, antiga NGK, em Mogi das Cruzes, SP: 10% do consumo de energia. Divulgação/Niterra

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