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» EDITORIAL AutoData | Julho 2023 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição Aline Feltrin, André Brarros, Caio Bednarski, Lúcia Camargo Nunes, Roberto Nunes, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Foto divulgação Governo da Bahia Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Por Pedro Kutney, editor De boas intenções... É inegável que a volta da indústria e do setor automotivo à agenda do governo federal traz alento após anos no infer- no da obscuridade política e econômica. Semainda querer completar o dito popular iniciado no título acima, é necessário bem mais do que boas intenções para retomar o tão necessário crescimento industrial, o único capaz de colocar o Brasil em rota de civilização desenvolvida. Ainda que seja legítimo acreditar em boas intenções foi rápida demais e pouco eficiente a concessão de descontos ban - cados comdinheiro público para aquisição de veículos zero-quilômetro, em ato que serviu apenas a impulsionar um voo de galinha do mercado – mas muito come- morado até por gente que não escondia admiração pelo descalabro de antes. No balanço do programa publicado nesta AutoData fica evidente que os incentivos serviram para poucos com- pradores de automóveis novos que, em boa parte, nem precisavam de subsídios para levar para casa veículos de mais de R$ 100 mil. Sim: gastou-se escassos recursos públicos com muitos que não precisavam deles. E para o caso de proprietários de cami- nhões e ônibus, instados a entregar para desmanche seus veículos com mais de vinte anos de idade para ter direito aos descontos patrocinados pelo governo na compra de modelos zero-quilômetro, a coisa simplesmente não funcionou até o momento porque a conta não fecha: é inviável vender um caminhão por R$ 30 mil para comprar outro por R$ 300 mil. Mas ainda estão tentando fazer a coisa funcionar, parece que agora vai. Ao mesmo tempo há gente que avalia ser desnecessário conceder incentivos fiscais para a BYD se instalar na Bahia com a promessa de investir R$ 3 bilhões em três fábricas e fazer o Brasil finalmente avançar na produção de veículos elétricos e suas tecnologias. Enquanto o governo baiano comemorava a reconstrução do polo au- tomotivo de Camaçari abandonado pela Ford, deputados foram parabenizados por conseguir retirar do texto da reforma tributária dispositivo que garantia os estí- mulos prometidos à companhia chinesa, talvez uma desconfortável competidora às multinacionais em solo nacional. Mas, claro, devem ter existido boas intenções.

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