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47 AutoData | Julho 2023 obter o desconto patrocinado para comprar um modelo maior. Ou seja: o comprador poderá entregar dois caminhões leves, por exemplo, para comprar um pesado. ENSAIO PARA O RENOVAR Presidente da Fabus, que representa as empresas encarroçadoras de ônibus, Ruben Antonio Bisi acredita que, após os ajustes, a MP 1 175 trará bons resultados: “É um ensaio do que será o Renovar” diz, em alusão ao programa criado no ano passado que, até agora, não saiu do papel, para renovar a frota de veículos pesados e retirar de circulação aqueles com mais de trinta anos de uso. Segundo Bisi o Renovar deverá pas- sar a valer em agosto ou setembro. Até lá toda a cadeia vai entender melhor como funcionará um sistema de renovação de frota. Para ele a contrapartida do programa de incentivo às vendas de caminhões e ônibus, ou seja, a entrega de um veículo antigo para, assim, obter o desconto, é uma junção do Renovar com o programa de desconto. Vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini também avalia que a atual MP do desconto será um complemento ao pro- grama Renovar e espera para breve sua estruturação. Mas com ou sem Renovar o interesse dos envolvidos na cadeia au- tomotiva é que o governo faça todos os ajustes necessários para que os incentivos alcancemos objetivo de sua criação: retira- da de veículos velhos das ruas e estradas com estímulo à compra de novos. AJUSTES Ruben Bisi, da Fabus, revela que há conversas das entidades do setor com o governo para que as concessionárias não precisem internalizar como ativo o veículo usado que recebe do comprador: “Isto por- que, ao lançar no estoque, tem de emitir nota fiscal, e isto gera um custo de R$ 2 mil”. A proposta é que as concessionárias emitam somente uma procuração. O dirigente antecipa também que está sendo conversado a forma como será estruturado o sucateamento dos veículos: “Temos de ter o certificado de sucateamento por uma empresa suca- teadora credenciada pelo governo”. Para Bisi “a medida é boa para descarbonizar e poderá ativar a indústria mas tem de ter mais clareza para otimização do crédito”. Para a CNTA, Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, é neces- sário incluir de forma mais clara os cami- nhoneiros no programa de descontos para que a iniciativa dê certo. Por isto a entidade enviou a deputados federais e senadores três propostas de emendas à MP 1175. A principal medida seria a criação de um bônus para o caminhoneiro autôno- mo comprar caminhões usados de até dez anos. Além disso a CNTA pede uma linha de crédito especial com juros mais baixos e que o valor do desconto seja aumentado para o teto de R$ 144 mil, para diminuir o valor a ser financiado. A Anfavea e outras entidades já estão pleiteando para que a MP do desconto se torne lei e que o programa tenha pelome- nos umano de duração, já que o processo de venda com contrapartida é demorada. Divulgação/Volvo Divulgação/Scania

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