401-2023-07

23 AutoData | Julho 2023 para baixo da previsão do início do ano que indicava 2 milhões 370 mil veículos produzidos, estabilidade na comparação com 2022. Segundo George Rugitsky, diretor de economia e mercados da entidade, o mo- tivo do rebaixamento é a transição para o Euro 6 para caminhões e ônibus. Ele não acredita em possíveis mudanças que possam impulsionar este segmento da in- dústria: “Olhando para a média do primeiro semestre e analisando o que precisaria acontecer no segundo, entendemos que não conseguiremos aumentar a produção. Seria necessário acontecer algo muito di- ferente do que ocorreu até agora”. Para as fabricantes de autopeças a pro- jeção é de alta no faturamento de 7,1% sobre 2022, chegando a R$ 250,3 bilhões, puxado pelo setor de reposição e pela alta nos preços. VEÍCULOS LEVES PODEM SUPERAR Embora não tenha solucionado total- mente o problema da falta de demanda o programa de descontos do governo animou fabricantes de automóveis e co- merciais leves, gerou expectativa de um segundo semestre mais acelerado, com condições de superar as projeções atuais, avaliou o CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom: “A Anfavea fala em 2 mi- lhões de unidades [em 2023]. Quem sabe não conseguimos um volume um pouco melhor se tivermos condições macroe- conômicas mais positivas”. Possobom estima que o programa de descontos contribuiu com a venda de 150 mil veículos leves. Destes 54 mil foram emplacados em junho e os demais deverão entrar nas contas de julho, o que indica um mês com forte volume de li- cenciamentos. Oswaldo Ramos, diretor de operações da Great Wall no Brasil, também está ani - mado para a segunda metade do ano. Após desempenho considerado de su- cesso pela matriz chinesa nos primeiros meses de vendas, com cerca de 1 mil em- placamentos e o posto de híbrido mais vendido no mercado brasileiro com o SUV Haval H6, que como confirmou será o ter - ceiro modelo produzido em sua fábrica de Iracamápolis, SP, depois da picape híbrida flex Poer e do SUV Tank que compartilha a mesma plataforma. “Após a nossa chegada estamos vendo os concorrentes anunciando promoção, taxa zero, e isto é bom para nós também, pois traz o cliente para omercado e somos uma das opções. No segmento de R$ 200 mil a R$ 300 mil não há crise, a demanda existe e as marcas precisam entender o que o consumidor quer.”

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