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AutoData | Junho 2023 71 é a redução do preço. Política pública para reduzir valores já existe mas ainda não chegou às bombas: é o RenovaBio, que foi melhor regulamentado apenas este ano e pode começar a produzir efeitos mais visíveis. Pelo RenovaBio os produtores de biocombustíveis emitem Créditos de Descarbonização, os CBios, que devem obrigatoriamente ser comprados por dis- tribuidores de combustíveis fósseis para cumprir metas de descarbonização, mas também podem ser adquiridos por ou- tras empresas que precisam compensar emissões de carbono. Esta fórmula gera renda extra às usinas, ou biorrefinarias, por meio da oneração da gasolina e do diesel, que assim, em tese, deveriam co- brir reduções nos preços do etanol e de outros biocombustíveis – o que até agora não aconteceu na prática desde a criação do programa, em 2016. Para ganhar o direito de emitir os CBios os usineiros devem aumentar sua produ- tividade e comprovar que usam fontes de produção que não provocaram nenhum tipo de desmatamento, mesmo que auto- rizado. Segundo a Unica nos últimos três anos os produtores de bioenergia emiti- ramCBios equivalentes a 94,5 milhões de toneladas em emissões evitadas de CO2. Com o estímulo do RenovaBio a enti- dade estima que a produção de etanol de cana e de milho no País deve aumentar 50% em cinco anos, passando dos 31 bi- lhões de litros produzidos em 2022 para até 50 bilhões em 2028. A estimativa da EPE é mais conservadora: projeta 47 bi- lhões de litros só em 2032 e demanda interna que cresce de 32 bilhões de litros este ano e vai a 45 bilhões no horizonte de dez anos. Além de preço menor outro estímulo seria aumentar o poder calorífico do eta - nol, hoje cerca de 30%menor com relação à gasolina, o que aumenta o consumo na comparação com o derivado de petróleo. A forma mais fácil de se fazer isto seria Arquivo/Divulgação

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