400-2023-06

Junho 2023 | AutoData 70 ESPECIAL AUTODATA 400 » BIOCOMBUSTÍVEIS da transição energética de baixo carbono. A EPE calcula que o etanol, na forma do E100 ou gasolina E27, é responsável por 40% do consumo de combustíveis da frota de veículos leves em circulação no País. Segundo o último levantamento da frota circulante do Sindipeças existem 39 milhões carros e utilitários equipados com motores ciclo otto e 33 milhões deles, ou 74,4% da frota, são flex e podem rodar com gasolina ou etanol emqualquer proporção. De acordo com estimativa da associação dos fabricantes, a Anfavea, estes números de consumo revelamamaior frota de baixo carbono do mundo, cerca de 8 milhões de automóveis alimentados com etanol com emissões neutras de CO2, usando a métrica do poço à roda. “Nenhum outro país no mundo tem atualmente uma frota de baixo carbono deste tamanho e nem deverá ter por mui- tos anos à frente”, pondera o engenheiro químico Henry Joseph Jr., atual diretor técnico da Anfavea que trabalhou no de- senvolvimento dos primeiros carros flex na Volkswagen do Brasil. “Precisamos aproveitar este potencial de biocombustí- veis que temos e adotar políticas públicas para ampliar o consumo e continuar a desenvolver o setor.” Joseph Jr aponta que uma importante política pública para beneficiar os biocom - bustíveis está em discussão: a adoção ofi - cial no Brasil da medição de emissões de CO2 do poço à roda para medir a eficiência energética dos veículos, tanto a combus- tão como para elétricos, no programa Rota 2030, que nos próximos meses vai divulgar as novasmetas e objetivos de sua segunda fase, de 2023 a 2027. ESTÍMULO NECESSÁRIO Sem contar com outros biocombustí- veis que estão ganhando espaço na matriz nacional dos transportes, se o Brasil do- brasse o consumo de etanol, há alguns anos estabilizado na casa de 30 bilhões de litros por ano, dobraria na mesma pro- porção a redução de emissões de CO2 da frota. Para isto é necessário estimular o aumento do consumo de etanol dos carros flex. Hoje só 30% deles usam E100 porque o preço da gasolina é mais compensador na maior parte do País. Portanto o melhor instrumento para estimular o consumo de biocombustíveis Arquivo/Divulgação

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