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AutoData | Junho 2023 Matriz elétrica brasileira em 2021 Total utilizado: 656 TWh 56,8 % 12,8 % 10,6 % 8,2 % 3,9 % 3,0 % 2,2 % 2,5 % Hidráulica | Gás Natural | Eólica | Biomassa Carvão e derivados | Derivados de petróleo | Nuclear | Outros Fonte: EPE A Tupinambá foi a primeira a cobrar para encher baterias de energia. Em car- regadores AC o preço é de R$ 1,50 o kWh. E nos carregadores rápidos até R$ 2,20: “Em 80% de nossos pontos executamos a cobrança pelo aplicativo para realizar o carregamento”. Na Zletric a política de preços não dife- re tanto do seu concorrente: “Um serviço de qualidade sempre temque ser cobrado e o usuário já está pronto para pagar por esse serviço. Hoje o kWh varia de R$ 1,50 a R$ 2, dependendo do carregador utilizado e da planificação de cada cliente”. Atualmente o quilowatt/hora a par - tir de fontes limpas como eólica e solar é comercializado pelos operadores de energia a R$ 0,90, em média. A energia residencial tem o valor de R$ 0,65 por kWh. As empresas acreditam que, man - tendo esses valores, o veículo elétrico pode ser até quatro vezes mais barato para ser abastecido na comparação com um carro a combustão. ELETRIFICAÇÃO EM CURSO A partir de todos estes números e projeções é possível apontar que a ele- trificação da mobilidade nacional já está em curso. E que o aumento da demanda por veículos elétricos e híbridos deve ser acompanhada pelo crescimento da oferta da infraestrutura de serviços e recarga. Legislação e formas de incentivar toda essa nova cadeia precisam surgir rapida- mente. Assim como o que a cidade de São Paulo fez com a Lei 16 802, de janeiro de 2018, que prevê a incorporação de ônibus e caminhões de lixo pelos prestadores de serviços do município que deverão, obrigatoriamente nos próximos dez anos, reduzir em 50% as emissões de CO2 e 90% e 80% as de material particulado e NOx. Adicionalmente, em outubro de 2022, a Prefeitura paulistana baniu a incorporação de novos ônibus a diesel para a frota de transporte público. Segundo RicardoGuggisberg, presiden- te do IBMS, Instituto Brasileiro de Mobili- dade Sustentável, este é o início de uma nova era que transformará não apenas o veículo mas também as operadoras: “De- morou muito tempo mas agora podemos vislumbrar um transporte público eficiente e limpo na maior cidade do País”. Inicialmente os operadores lançaram dúvidas sobre a capacidade da indústria nacional produzir ônibus elétricos. Mas os fabricantes já entraram no negócio e até o ano que vem 2,5 mil unidades estarão em operação. BYD, Mercedes-Benz, Volkswa - gen Caminhões e Ônibus, Volvo, Eletra e Marcopolo já começaram, ou começarão, a produzir ônibus 100% elétricos. O desafiomaior, no entanto, é criar uma rede de abastecimentos para a frota de 14,4 mil ônibus de São Paulo. A Prefeitura já adquiriu 34 das 42 garagens existentes na Região Metropolitana que serão trans- formadas em estações de recarga com capacidade de 2 megawatt por ponto de carregamento. 65

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