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Junho 2023 | AutoData consumo energético de 1,6 megajoule por quilômetro cairia para 1,45 MJ/km”, expõe Briganti. “Por este caminho temos a oportunidade de fazer o processo de eletrificação e ir preparando nossa cadeia de suprimentos.” O consultor calcula que utilizando a medição do poço à roda o híbrido leve com etanol emite em termos de gramas de CO2 por quilômetro o equivalente ape- nas a duas vezes mais do que um elétri- co: “Um elétrico emite 25 gramas de CO2 equivalente por quilômetro, enquanto um híbrido flex, abastecido com etanol, de 40 a 45 gramas, só que não requer investi- mento em infraestrutura, e leva a uma descarbonização instantânea na frota que já está rodando”. Briganti entende que o Rota 2030 não deve escolher uma rota única de descar- bonização dos veículos e nem apertar muito a meta de eficiência, para não for - çar uma migração para o veículo elétrico. Ele pondera que os Estados Unidos e a Europa legislaram em prol da tecnologia dos elétricos menos por causa de redu- ção de emissões e muito mais pela forte concorrência com a China, bem como por causa do fator dieselgate, pois precisavam dar um sinal ao consumidor e à indústria que estavam fazendo algo em benefício do meio ambiente. “Aqui entendemos que a legislação não deveria ser em prol de uma tecnologia porque temos muitas potencialidades e tantos outros problemas sociais e eco- nômicos. O carro elétrico é forte na China por causa do tamanho do país e de como se desenvolveu nos últimos anos. E na Europa e nos Estados Unidos muito em função de subsídios. No Brasil fica difícil nesse momento falar em subsídio e há outros fatores e prioridades.” Sobre padrões mínimos de reciclagem, que devem ser incorporados a esta nova fase do Rota 2030, a discussão é sobre o porcentual de materiais possíveis nos carros que poderão ser reutilizados. Afirma o secretário Uallace Moreira que “a ideia é discutir com o setor, o que já vem sendo feito, um porcentual de reciclabilidade de materiais de, no mínimo, 65%”. MAIS LOCALIZAÇÃO COM P&D Assim como ocorreu na primeira fase a segurança veicular seguirá evoluindo no próximo ciclo do Rota 2030. Nos que- sitos a serem estabelecidos o desafio é industrializarmais sistemas no Brasil. Como ponderaMarcusViníciusAguiar, presidente AEA, Associação Brasileira de Engenha- ria Automotiva, “a função do programa é criar condições de fazer pesquisa e desen- volvimento no País, localizar e melhorar sistemas”. Aguiar ressalta que é importante que o Brasil mantenha a indústria automotiva forte: “Ninguémproduzirá umcomponente em qualquer mercado se já tiver pronto em outro país. A não ser que tenha algum Divulgação/Audi Divulgação/Audi 52 ESPECIAL AUTODATA 400 » ROTA 2030

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