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Junho 2023 | AutoData E nquanto os países industrializados, pressionados por legislações e com- promissos ambientais, fazem planos para aposentar osmotores convencio- nais a combustão interna os ponteiros da revolução tecnológica parecemgirar mais lentamente no Brasil. Com 45% da matriz energética derivada de fontes renováveis, o triplo da média mundial, o País fez a op- ção pela descarbonização dos transportes baseada no etanol, cujos motores já são produzidos aqui há quatro décadas, apos- tando tambémemque a adoção de carros elétricos no mundo não será tão rápida a ponto de tornar a sua indústria obsoleta. Mas será preciso fazer muito mais do que aproveitar a vantagemambiental para fazer a indústria voltar a crescer. O aproveitamento do domínio técni- co, da capacidade de produção já ins- talada e da infraestrutura disponível dos biocombustíveis dão condições ao Brasil de substituir os poluentes combustíveis fósseis sem precisar acelerar a eletrifica - ção. Enquanto isto a indústria sonha em exportar a tecnologia flex para mercados em estágio de desenvolvimento parecido, que também não conseguirão pagar tão cedo por carros elétricos. Por Eduardo Laguna Neoindustrialização automotiva depende de velhos fatores Com biocombustíveis Brasil ganha tempo na corrida tecnológica da eletrificação enquanto discute propostas para retomar a força de sua indústria 38 ESPECIAL AUTODATA 400 » POLÍTICA INDUSTRIAL

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