400-2023-06

26 Junho 2023 | AutoData EVENTO AUTODATA » NEGÓCIOS AUTOMOTIVOS AlexandreAbage, presidente do Grupo ABG, disse que a empresa também quer avançar para outras regiões, diversificando suas fontes de faturamento. Este processo começou no ano passado, com o anúncio de construção de fábrica naArgentina que começará a operar em2025 e que será sua primeira unidade fora do País: “Não deve- mos parar por aí. Seguimos olhando para outras oportunidades. Queremos diversi- ficar nosso faturamento por montadoras, pela internacionalização e pelo mercado de reposição. Estamos no primeiro pas- so, que são as montadoras, iniciamos o segundo com a operação fora do País e o terceiro será avançar para a reposição nos próximos anos”. ELETRIFICAÇÃO O próximo passo da indústria, rumo à eletrificação, ainda divide as opiniões dos executivos. Embora todos reconheçam a importância de se adaptarem à nova era, até para não ficarem de fora dos projetos de internacionalização dos negócios, eles destacam também que no Brasil, onde 85% da matriz energética é renovável e se detém o conhecimento sobre a pro- dução do etanol – sem falar em outros biocombustíveis –, é possível ampliar o leque de opções com o objetivo comum de descarbonizar. Para Juliano Almeida, vice-presidente de compras e supply chain da Stellan- tis para América do Sul, o fato de o País ter o etanol confere um ganho de tempo para trabalhar tecnologias como híbridos e elétricos. Mas, apesar dessa condição, a localização junto a parceiros é a saída, inclusive, para mitigar custos que se tem com a importação, principalmente com a variação do câmbio. Almeida ressaltou que o Rota 2030 já transmite uma ideia interessante do que as demandas regulatórias exigirão das mon- tadoras a partir de 2024: “Algumas tecno- logias passam a ser obrigatórias e, então, os volumes produzidos serão de quatro ou cinco vezes superiores aos de hoje”. O diretor de compras, pesquisa e de- senvolvimento da Toyota América Latina e Caribe, Evandro Maggio, contou que, hoje, 40% da produção nacional de veí- culos da empresa recebem motorização híbrida flex, o que não quer dizer que a empresa se limite à tecnologia híbrida. E, embora o motor a combustão que equipa veículos híbridos seja fabricado em Porto Feliz, SP, a parte elétrica é importada do Japão: “A ideia é nacionalizar o máximo possível, porém isto depende do volume de escala, das condições tecnológicas colocadas no País e da disponibilidade de matéria-prima”.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=